Na última terça-feira (11), o Caso Beatriz Angélica teve novas respostas. Um homem de 40 anos, Marcelo da Silva, foi identificado pela Polícia Científica de Pernambuco e confessou que matou a menina a facadas em 2015. O crime aconteceu em uma escola particular de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
Segundo a Polícia, o material genético encontrado na faca usada para cometer o crime é compatível com o DNA de Marcelo da Silva, que foi indiciado e está preso por outros crimes.
Caso Beatriz Angélica: relembre o crime
No dia 10 de dezembro de 2015, Beatriz Angélica Mota estava no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde participava da formatura da irmã mais velha, que concluía o terceiro ano do ensino médio. Em um momento, a menina saiu de perto de seus pais para beber água. As últimas imagens da menina foram registradas às 21:59 e mostram ela indo em direção ao bebedouro. Depois, Beatriz desapareceu e foi encontrada morta por 42 facadas em um depósito de material esportivo da escola, que ficava perto da quadra onde o evento estava sendo realizado. O pai era professor de inglês da instituição.
A vítima sofreu ferimentos no tórax e nos membros superiores e inferiores. A faca de peixeira usada pelo criminoso foi encontrada cravada no abdômen de Beatriz.
O laudo
O laudo final da Caso Beatriz Angélica foi concluído e está com a Secretaria de Defesa Social e o Ministério Público. Segundo informações do G1, a Tv Globo teve acesso exclusivo ao material. O laudo, que foi elaborado pelos peritos criminais da Polícia Científica de Pernambuco, foi desenvolvido com base no DNA encontrado no cabo da facada usada para cometer o crime. O perfil do material genético comparado por meio do Banco Estadual de Perfis Genéticos identificou e localizou o assassino.
O DNA encontrado na faca foi comparado ao de 125 pessoas e o Banco de Perfis Genéticos revelou que Marcelo estava entre esses suspeitos. Marcelo confessou o assassinato e foi indiciado, mas está preso por outros crimes e tem histórico de várias passagens pela polícia.
Ato por justiça
No final do ano passado passado, os pais de Beatriz organizaram um ato pedindo justiça e respostas para o caso Beatriz Angélica. Eles caminharam mais de 700 quilômetros por 23 dias, de Petrolina até o Recife.
Agora, após as atualizações do caso e a identificação do assassino, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, realizou uma live nas redes sociais e comentou sobre o assunto. Lucinha revelou que soube da atualização do caso pela imprensa e que não foi comunicada antes. “A gente está tentando aqui buscar informação, porque eles devem isso a gente. Eu acho isso até desumano por parte da polícia fazer algo nesse sentido e não nos comunicar, porque não custava nada. São quatro delegados que estão no inquérito, um não podia parar para me ligar”, desabafou.
Hoje, quarta-feira (12), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco convocou uma coletiva de imprensa e Lucinha revelou na live que os advogados da família vão participar.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!