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Beyoncé é criticada por usar termo capacitista em nova canção

Na última sexta-feira (29), a cantora Beyoncé movimentou a web com seu lançamento: o álbum Renaissance. Mas não demorou muito para uma de suas novas canções começarem a repercutir negativamente após a crítica de uma ativista, Hannah Diviney.

A música em questão foi Heated, que, em um de seus trechos, usa a palavras “Spaz”. O trecho em questão diz: “Spazzin on that ass, spazz on that ass”. A palavra no inglês americano significa “agitar”, “pirar”, “Perder o controle”. Na tradução livre, o trecho quer dizer algo como “agitando essa bunda”.

No inglês britânico, no entanto, “spaz” é uma palavra capacitista usada para ofender pessoas com paralisia cerebral.

Beyoncé criticada por capacitismo
A música ‘Heated’, de Beyoncé, foi alvo de críticas no Reino Unido. | Foto: Montagem/ Instagram

A ativista Hannah Diviney criticou a canção Heated

Hannah Diviney, ativista em prol de pessoas com deficiência, escreveu um artigo publicado no jornal britânico The Guardian. Em um dos trechos, a escritora defende:

O compromisso de Beyoncé em contar histórias musicalmente e visualmente é incomparável, assim como seu poder de fazer o mundo prestar atenção às narrativas, lutas e experiências vividas matizadas de ser mulher negra – um mundo que só posso entender como um aliado e não desejo para ofuscar. Mas isso não justifica seu uso de linguagem capacitista – linguagem que é usada e ignorada com muita frequência

Esta não foi a primeira fez que a ativista australiana criticou um artista por usar a palavra ofensiva. Hannah Diviney também criticou a cantora Lizzo, quando ela usou a palavra “spaz” na música “Grrrls”, em seu álbum mais recente, “Special”. Na época, a cantora se desculpou: “Eu como uma mulher negra gorda na América, tive muitas palavras ofensivas usadas contra mim, então entendo o poder que palavras podem ter (seja intencionalmente, como no meu caso, ou não intencionalmente”. A artista alterou a letra da canção na época.

Equipe de Beyoncé pede desculpas

Após a repercussão do assunto, a equipe de assessoria de Beyoncé se posicionou, pedindo desculpas e informando que a palavra será retirada. “A palavra, utilizada sem a intenção de ferir, será substituída”.

Apesar da polêmica, o lançamento do álbum Renaissance foi um verdadeiro sucesso e as novas canções de Beyoncé dominaram o Spotify. Os Estados Unidos foi o país em que o disco teve o melhor desempenho e as 16 faixas lançadas apareceram no Top50 do país.

Além disso, Beyoncé bateu recorde na plataforma, sendo o álbum feminino mais reproduzido em 2022.

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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!

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