A frequente ingestão de nutrientes é o segredo para a imunidade alta. Veja o que comer para blindar sua saúde
Em linhas gerais, imunidade é a capacidade do organismo se defender de um patógeno (bactéria, fungo ou parasita), ou seja, um agente causador de doenças. E o sistema imune é formado por medula óssea, timo, vasos linfáticos, linfonodos e glóbulos brancos (anticorpos).
De maneira simples, estes últimos atuam como células de defesa, que desempenham a função de soldados protetores de um território (corpo humano) e atacam os inimigos (microrganismos) na guerra (doença).
No entanto, para uma atuação eficiente dos combatentes, precisamos fazer a nossa parte. E é pela ingestão de alimentos, ricos em substâncias importantíssimas, que tudo começa!
É necessário informar que os alimentos listados a seguir foram indicados por profissionais que acumulam mais de 10 anos de experiência na área. Lucianna Jardim é Nutricionista pela Uerj e Mestre em Ciência dos Alimentos pela UFRJ, e Tatiana Zanin, Licenciada em Ciências da Nutrição e Alimentação pela Universidade Católica de Santos (UniSantos) e especialista em Nutrição Clínica pela Universidade do Porto.
Alimentos que aumentam a imunidade
Água

O hábito de beber, no mínimo, 2L de água por dia é fundamental. Quando há pouca água dentro da célula, as atividades metabólicas ficam prejudicadas, como o transporte de nutrientes e de oxigênio, além de o aspecto do sangue alterar. Esses danos significam falhas na resposta imunológica.
A protagonista das reações químicas dos organismos também é crucial para regular a temperatura do nosso corpo.
Alho
Apresenta uma composição rica de selênio e zinco, nutrientes antioxidantes, capazes de evitar gripes, resfriados e outras doenças. Além de vitamina A e C, ele é fonte de alicina, uma substância estimuladora da resposta imunológica.
O alho pode diminuir e diluir o muco nos pulmões. E, mais: a ingestão, em grande quantidade, de alho está diretamente ligada à redução do risco do aparecimento de câncer.
Alimentos com betacaroteno
Tomate, pimentão, pimenta e cenoura são exemplos de fontes do betacaroteno. Essa substância se transforma em vitamina A e protege o corpo contra infecções.
Carnes

Elas contêm aminoácidos, vitamina B12 e zinco, fundamentais para fortalecer a imunidade.
Cebola
A quercetina nela presente potencializa a imunidade, prevenindo doenças virais e alérgicas. O ideal é ingeri-la crua.
Cogumelo shitake
Esse cogumelo é rico em alicina, que é um princípio ativo estimulante da produção das células de defesa (macrófagos e linfócitos). Somado a isso, ele também contém aminoácidos imunoprotetores.
Frutas cítricas
A laranja, o limão, a tangerina, a acerola e o abacaxi são altamente concentradas em vitamina C. Essas frutas têm poder antioxidante que ajuda a diminuir o dano celular. Entretanto, essa vitamina é perdida quando exposta ao sol, assim como, ao ser aberta, a fruta deve ser consumida imediatamente.
Gengibre
Por sua importante ação bactericida e alto teor de vitamina B6 e C, ele auxilia na defesa do organismo. É rico em antioxidantes e em propriedades antibacterianas.
Mel

Alimento fonte de vitaminas, minerais e flavonoides (antioxidantes), ele tem ação bactericida e ajuda a combater infecções. Mas, atenção, consuma moderadamente, pois ele tem muitos carboidratos e pode te fazer engordar.
Oleaginosas
Nozes, castanhas, amêndoas e óleos vegetais são ricos em vitamina E. Essa vitamina é excelente para os idosos, pois age no combate à diminuição de imunidade natural provocado pela idade.
Contudo, não exagere. As castanhas, por exemplo, são calóricas e o selênio consumido em excesso pode provocar intoxicação.
Peixes
Indispensável para a saúde cerebral, os peixes apresentam um tipo de gordura insaturada (saudável) que não é produzida pelo corpo: o Ômega 3. O atum, a sardinha e o salmão são bons exemplos de alimentos com esse composto.
Vegetais verde-escuros

Couve, brócolis e espinafre são exemplos ricos em minerais e vitaminas (potássio, ácido fólico, magnésio e vitaminas A, C e K). Esses alimentos colaboram no funcionamento intestinal, pois alimentam as “bactérias boas” que habitam a nossa flora intestinal. Eles também atuam na maturação das células imunes, combatendo infecções.
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Por Ana Paula Jaume – Fala! UFRJ