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A misoginia na Arábia Saudita: Como vivem as mulheres no país

A Arábia Saudita é um dos lugares mais curiosos do mundo. De maioria muçulmana sunita, o país se localiza no continente asiático, no Oriente Médio, ocupando a maior parte da desértica península arábica. Por ser uma pátria teocrática, suas leis são baseadas na Sharia (lei muçulmana), interpretadas pela vertente wahabita (inclinação radical do islã). Segundo relatório de 2016, do Fórum Econômico Mundial, a Arábia Saudita é um dos países com a maior desigualdade entre gêneros do mundo, ocupando a 141a posição entre os 144 países pesquisados.

Uma das grandes questões da Arábia Saudita, contudo, é como vivem as mulheres no país. Isso porque as mulheres vivem reprimidas, com pouca participação na sociedade e sem controle sobre seus corpos. A seguir, entenda como vivem as mulheres nesta região e confira as grandes conquistas delas.

A misoginia na Arábia Saudita

A misógina na Arábia Saudita é muito evidente e assusta, mas o país engatinha para uma maior liberdade de gênero. Pelo menos no reinado do rei Salman, as mulheres têm tido “bons tempos”. Mas, na verdade, quem está por trás das boas mudanças é o príncipe Amir/Príncipe Mohammad bin Salman 🇸🇦 que vem realizando alterações drásticas na aplicação das leis da sharia. Muitas mudanças garantem uma maior liberdade para as mulheres no tocante a várias questões. 

Uma dessas reviravoltas foi a liberação de mulheres ao volante. No dia 24 de junho de 2018 foi abolida a lei que proibia mulheres de dirigirem. Anunciada em setembro de 2017, esta decisão promovida pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman 🇸🇦  faz parte de um amplo plano de modernização do país, e põe fim a uma proibição que se tornou símbolo do status de inferioridade que é dado às mulheres sauditas. A menos de um mês da entrada em vigor desta lei, o país criminaliza o assédio com penas que podem chegar a cinco anos de prisão e multas a US$80 mil.

Mulher abraçando o quadro do Príncipe Mohamad bin Salman 🇸🇦 da Arábia Saudita. | Foto: Reprodução.

Mas, a Arábia Saudita ainda deve ter muitas reformas para poder, enfim, dar uma vida com mais direito às mulheres da sua pátria. Mesmo com todas essas mudanças, ativistas pelos direitos das mulheres são presas, ainda são obrigadas a usar o véu e ficam sobre a tutela de homens.

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Por Letícia Ferreira Soares Azevedo – Fala! Uninove

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