Em época de BBB, falar de cancelamento é só questão de tempo, Karol Conká está aí para comprovar! Mas você já se perguntou como surgiu, e o mais importante: o que é a cultura do cancelamento? Consultamos uma psicóloga para ficar por dentro dessa nova onda da Internet!
Origem da cultura do cancelamento
O termo cancelamento é, na realidade, uma evolução do ostracismo, que surgiu aproximadamente no século V a.C., em Atenas, e acontece quando uma pessoa ou grupo é expulso de certo cargo de influência ou fama por ações questionáveis, se isso não bastasse, os indivíduos eram enviados para um exílio de 10 anos.
Séculos depois, nós nos encontramos em uma situação semelhante. Pessoas de grande influência e fama são canceladas nas redes sociais, algumas perdem milhares de seguidores, como é o caso de Karol Conká, outras são atacadas, também como o caso da cantora. Mas, afinal, o que leva um indivíduo a cancelar outro?
O que a psicologia tem a dizer
A psicóloga Leticia Madureira acredita que a cultura do cancelamento é uma questão de necessidade das pessoas, ela explica que:
A justificativa é a necessidade de expressão. É comum que esteja ligada ao interesse de um grupo ou sociedade que de alguma forma esteja sendo ofendida ou reprimida.
Madureira entende que o cancelamento é uma forma que as pessoas têm de defender aquilo que acreditam e, ao fazer com que um indivíduo seja cancelado, reconheça seus atos, que de alguma forma prejudicaram ou desagradaram determinado grupo. A psicóloga também afirma que o cancelamento é uma busca por justiça social.
O medo do cancelamento é algo comum, principalmente dentro da casa mais vigiada do Brasil, onde os participantes volta e meia comentavam sobre o medo de serem cancelados. No BBB, temos um exemplo claro de cancelamento fora da Internet, quando um dos participantes foi exilado dentro da casa, após fazer comentários que foram vistos com maus olhos por alguns dos participantes.
A cultura do cancelamento já existe há muito tempo, porém a Internet aprofundou ainda mais a forma com que as pessoas expõem seu descontentamento.
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Por Heryvelton Martins – Fala! UEPG