No dia 30 de novembro, a famosa baguete francesa foi declarada Patrimônio da Humanidade. O tradicional pão francês está agora incluído na lista de bens imateriais da UNESCO, a agência de patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) que reúne cerca de 600 tradições de mais de 130 países.
Membros da delegação francesa exibiram as baguetes em comemoração durante uma conferência da UNESCO em Rabat, Marrocos, onde foi anunciada a nova entrada na lista.
A importância das baguetes na França
As baguetes feitas com farinha, água e fermento têm uma crosta crocante e um interior macio. Elas são um produto relativamente novo.
Nasceram em Paris no início do século XX e são um símbolo da França em todo o mundo, assim como têm sido um alimento básico da dieta francesa por pelo menos 100 anos.
Mesmo com a queda no consumo de baguetes, a França ainda produz cerca de 16 milhões de baguetes por dia e cerca de 6 bilhões por ano, segundo estimativas de 2019 da consultoria Fiducial.
Este prêmio reconhece as padarias tradicionais que estão fechando rapidamente na França, especialmente no campo. Segundo o Ministério da Cultura, havia cerca de 55.000 padarias artesanais em 1970 (uma para cada 790 habitantes), mas hoje são apenas 35.000 (uma para cada 2.000 habitantes).
Devido a esse declínio, o Ministério da Cultura da França classificou as baguetes como mais importantes do que outros pães franceses e elas foram reconhecidas pela UNESCO.
História
Uma lei de 1919 que proibia os padeiros de trabalhar antes das 4 da manhã dava às baguetes longas e finas uma vantagem sobre as mais grossas porque podiam ser assadas rapidamente a tempo para o café da manhã.
A lei veio ao mesmo tempo em que a lei que exigia que as baguetes tivessem um peso mínimo de 80 gramas (2,8 onças) e um comprimento máximo de 40 centímetros (15,7 polegadas).
Inicialmente, a baguete era considerada um item de luxo, por isso os trabalhadores rurais consumiam pães que podiam ser guardados por muito tempo sem estragar. Elas se tornaram amplamente consumidas nas décadas de 1960 e 1970.
____________________________
Por Maria Ingrid – Fala! Universidade Anhanguera