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5 livros sobre assassinatos para você desvendar; Confira

Os livros com assassinatos têm grande popularidade entre os leitores, isso porque despertam no consumidor uma curiosidade ímpar. Durante a leitura, tentamos descobrir quem é o assassino, quais são suas motivações ou, até mesmo, queremos gritar para os protagonistas as pistas que, para nós, parecem óbvias.

Conheça os 5 melhores livros com assassinatos para os amantes do gênero.
Conheça os 5 melhores livros com assassinatos para os amantes do gênero. | Foto: Freepik.

Pensando nisso, essa lista reúne 5 livros sobre assassinatos que vai liberar o detetive que existe dentro de você ou te fará pensar nos motivos que levam alguém cometer um assassinato. Seja ficção ou vida real, essa lista lhe trará boas horas de leitura satisfatória.

Conheça 5 livros sobre assassinatos

1. Monstro: Por Dentro da Mente de Aileen Wuornos

O livro conta a história real de Aileen Wuornos, uma prostituta que, durante sua trajetória, comete o assassinato de um homem que abusa dela e a partir desse ponto, ela se torna uma serial killer que mata os homens com quem dorme. 

A adaptação para os cinemas ficou nas mãos de Charlize Theron, que até ganhou um Oscar pela sua atuação, e que fez o papel de forma brilhante, de modo que a atriz ficou completamente irreconhecível e conseguiu de forma concisa passar o drama da protagonista. Entretanto, ler o livro é uma experiência completamente diferente, o motivo disso é que o livro é escrito pela própria serial killer, o que traz uma carga bem mais real e um ponto de vista específico ao leitor.

Essa é uma boa pedida para quem tem interesse em refletir a respeito da questão humanitária no âmbito da prostituição, já que a protagonista se revolta, basicamente, pelas injustiças e violências que sofre por estar naquela posição.

2. Meu Amigo Dahmer

Esse livro, escrito por Derf Backderf, também é uma história real, mas diferente de Monstro: Por Dentro da Mente de Aileen Wuornos e de outros livros com assasinatos, por trazer uma visão em terceira pessoa, em um momento diferente do que aconteceu os assassinatos. Isso acontece porque o escritor estudou com Jeff Dahmer, serial killer, que mais tarde ficaria conhecido como “o canibal de Milwauke”, durante o ensino médio e os dois eram o que se pode chamar de amigos. 

É extremamente interessante a forma como Backderf constrói a narrativa: cheia de depoimentos, documentos e relatos que ilustram bem ao leitor como era o assassino na adolescência, e, dessa forma, durante todo o livro, a cabeça do leitor se faz a seguinte pergunta: será que alguém com quem convivo é ou será um assassino?. E essa pergunta é justamente o ponto que faz com que o livro seja tão extraordinário! Quem pratica a observação e se interessa por comportamento humano com certeza vai adorar esse livro e vai sair avaliando todo mundo que tenha alguma atitude suspeita por aí.

3. Réquien Para Um Assassinato

Escrito por Paulo Levy, o livro brasileiro conta a história de Joaquim Dornelas, um delegado carioca que um dia encontra um corpo na rua e, nesse momento, começa uma investigação a respeito desse assassinato. Diferente dos outros livros citados, esse é uma ficção, e, além disso, é também narrado pelo ponto de vista do investigador que é um policial e que tem algo a perder ou algo a ganhar de acordo com o resultado dessa perquirição. 

Antes de ser delegado, Joaquim é humano e tem seus vícios, suas manias, seus problemas e sua vida pessoal, o que, de forma muito bem feita, se emaranha com o trabalho que ele está fazendo e se torna uma narrativa quase que só. Isso faz com que aquele caso não seja só mais um na vida do delegado e que, na verdade, tem muito mais haver com realização e encontro pessoal do que com o crime propriamente dito. Mesmo com essa junção de vida pessoal e investigação, o livro consegue fazer desse assassinato algo curioso de se ler, já que as proporções da gravidade do acontecimento só crescem, e junto com ela, crescem a vontade de descobrir o que de fato aconteceu do leitor.

Esse é um livro fantástico para os amantes de detetives, ele consegue despertar o próprio investigador no coração dos leitores, que não sabem se sofrem mais com o protagonista ou com o caso.

4. A Punição Para A Inocência

É muito difícil, e até um pouco herege, fazer uma lista sobre livros com assassinos e não falar de Agatha Christie. Pensando nisso, trago um livro dela que talvez seja pouco falado e não tão popular quanto deveria ser. A Punição Para A Inocência te causará, sobretudo, indignação. São várias reviravoltas e acesso a novas informações o tempo todo, o que, no caso, faz com que passamos o tempo todo nos sentindo enganados e desconfiados de todo e qualquer personagem do livro.

A história traz Jacko Argyle, que é preso pelo assassinato da sua mãe. Entretanto, no decorrer do livro, aparecem provas que atestam a inocência do garoto e tal fato causa uma bagunça na família, já que, se o garoto não matou, quem foi que matou? E estaria essa pessoa planejando matar mais alguém? E por que essa pessoa matou?

Esse livro vai ser interessante para quem também gosta de investigação e de jogos de quebra cabeça e lógica, já que ler esse livro é quase que realmente, jogar um jogo, em que todos ali são suspeitos e encontrar o verdadeiro assassino vai exigir muita atenção e observação que não se prende somente ao detetive mas chega também nos leitores.

5. Os Irmãos Karamazov

Por último, mas definitivamente não menos importante, Os Irmãos Karamazov é, na minha opinião, a obra prima do russo Fiódor Dostoiévski. Nele, o assassinado é o pai de três irmãos e um desses se torna o principal suspeito do assassinato. O livro não se prolonga muito na investigação concreta do caso, mesmo que discorde de alguns pontos importantes dele, o que é tratado aqui é a discussão da moral e da consciência dos protagonistas. 

Dançando entre a cabeça dos três irmãos, o narrador reflete sobre cultura, religião, sociedade e, em todas as vírgulas, está nos fazendo refletir sobre alguma coisa e nos fazendo perguntar o que em nossa vida estamos fazendo certo ou errado. Isso acontece até mesmo na própria questão do assassinato, nos perguntamos o tempo todo se ele é ou não algo ruim, mesmo que temos a consciência plena que matar alguém é definitivamente ruim, o livro nos faz duvidar isso o tempo todo. Também nos faz amar e odiar a mesma pessoa ao mesmo tempo, nos faz querer participar do ambiente para aconselhar os personagens e, acima de tudo, nos faz querer começar uma terapia.

Esse, eu recomendo para grandes fãs de filosofia e para os que curtem passar horas refletindo sobre as verdades do universo e sobre a universalização da moral. Sendo um dos grandes livros com assassinatos.

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 Por Amanda Chaves – Fala! UFG

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