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Pato Donald e a Segunda Guerra Mundial: animações em conflitos

Mais que um conflito armado, a Segunda Guerra Mundial dizia respeito à religião

1945 foi o ano do fim da Segunda Guerra Mundial. Tortura e trabalho escravo de sobra para quem não conseguia fugir do preconceito dos alemães. As maiores potências globais em uma extensa e incansável guerra contra o nazismo. De certa forma, todos participaram da guerra, Hollywood teve seu papel durante a guerra e, além, claro, dos desenhos animados. 

As animações têm um papel importante no crescimento e na imaginação de qualquer ser humano, afinal, todos nós crescemos assistindo a desenhos animados. E seguimos apaixonados ainda adultos. Personagens como, por exemplo: Capitão América e Tio San, ambas figuras norte-americanas, foram criados no intuito de enfatizar jovens a se alistarem e servirem a guerra, como no caso da Walt Disney, que durante a guerra recebeu do governo do Canadá e dos Estados Unidos para criação de propagandas a para vendas de títulos de guerra e aumento dos impostos para o financiamento de armas de guerra. Mesmo o alistamento sendo obrigatório, é importante para os estadunidenses mostrar que lutem pelo que é certo, e que seus soldados sejam heróis.

Do lado do eixo, com ascensão do nazismo em 1933, muito conteúdo produzido nos EUA foi banido da Alemanha, com exceção do curta de animação Three Little Pigs, ou Os três porquinhos, de Walt Disney, de 1933, que continuou a ser utilizado no país por identificarem a figura do lobo mau como um judeu.

Pedro Rennó, professor de história e youtuber do canal Parabólica.

Criado pela extinta Timely Comics, Capitão América, em 1941, ainda quando os EUA não haviam entrado em guerra contra Hitler, tinha participação secreta onde não aparecia na mídia. Como fica claro em seu nome, não é descartada que a criação de Capitão América é um viés totalmente voltado ao patriotismo americano.

Capitão América
Capitão América. | Foto: Reprodução.

Pato Donald e representação na Segunda Guerra Mundial

Der Fuehrer’s Face

A animação do Pato Donald (Der Fuehrer’s Face) em 1943 foi ganhador do Oscar de melhor curta-metragem em animação. No cartoon, ele passa o dia fazendo suas obrigações como “funcionário” de Hitler, na Nazilândia, e é observado o tempo todo para garantir constantemente que ele diga “Heil Hitler”. No final, é tudo um sonho e ele agradece com emoção por ser norte-americano.

Commando Duck

Commando Duck é uma sátira ao exército japonês, onde mostra que não são uma ameaça aos norte-americanos. No começo, o Pato Donald parece estar com medo, porém, em uma cena, ele espeta uma boia cheia de água e solta até o Canion, onde ficavam os aviões japonês.

Algumas outras animações tiveram destaques na época, foram All Together (Todos Juntos) e  Education For Death: The Making Of A Nazi.

segunda guerra mundial
Pato Donald Antinazi. | Foto: Reprodução/UFPR.

Contudo a indústria cultural não para, há sempre uma forma de gerar lucro em cima de um personagem de guerra. 

Hoje a indústria cultural se torna globalizante, tendo o acesso mais fácil a população. Podemos encontrar representantes próximos, ainda com super-heróis, que se expandiram dos quadrinhos ao cinema, mas que estão mais atrelados a formas de comportamento e principalmente de consumo. Logo, da maneira como existia durante o período de guerras, ou até mesmo da Guerra Fria, é mais difícil de encontrarmos, porém, a História não se fecha para novas possibilidades.

Diz Rennó.

A Disney apelou em seus desenhos para o lado humanitário durante a Segunda Guerra Mundial, em umas das animações Stop The Tank fica ainda mais evidente, mostrando que são seres humanos e relacionando como a educação infantil dos alemães reflete em suas ações. Vale a pena assistir e entender, afinal de contas, tudo vira uma grande história da vida real.

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Por Bianca Rocha – Fala! Anhembi

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