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Íris Ribeiro fala sobre a publicação de seu livro “Sementes de Deus”

Autora de Sementes de Deus discorre sobre o livro e planos em entrevista

Íris é uma mulher radiante. Simpática e compreensiva, ela me recebeu calorosamente e teve muita paciência comigo ao responder minhas poucas e tímidas perguntas de jornalista em formação.

Natural de Canoas, Rio Grande do Sul, Íris é o pseudônimo de Débora Fernandes Ribeiro, a escritora de Sementes de Deus – Cultivando Sentimentos, livro inicialmente publicado em 2013, por uma editora em Curitiba, e relançado em outubro deste ano, em Portugal. Íris também é autora do livro infantil Pingo de Gente e Gente Grande, ilustrado pela própria filha, a designer gráfica Victoria Ribeiro, e do livro de poesias Vida para Íris.

Em entrevista, Íris contou um pouco sobre sua vida, seu livro, seus projetos, qual a origem de seu pseudônimo e muito mais. Começamos nossa conversa com a seguinte declaração dela:

Eu sempre gostei de escrever. Isso, quando eu era criança, começou quando eu comecei a desenvolver redação nas aulas de Português. Então, mais ou menos assim, dos 9 aos 13 anos eu busquei muito a leitura. Acho que foi quando eu descobri os livros, na realidade. Quando você é criança e você vai pela primeira vez à biblioteca, a biblioteca da cidade parece algo muito imenso quando tu é criança. Eu me lembro até hoje o primeiro livro que eu li.

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Íris Ribeiro com seu livro Sementes de Deus – Cultivando Sentimentos. | Foto: Reprodução.

Entrevista com a escritora Íris Ribeiro

Por que Íris?

Bom, quando eu tinha 18 anos de idade, fui participar de um concurso de literatura com conto e com poema. Quando eu cheguei para fazer a inscrição, precisava de um pseudônimo e eu não tinha prestado atenção nesse critério. E aí foi o nome que me veio à cabeça. Íris, o primeiro que me veio. Quando eu fui publicar meu primeiro livro, eu tive a intuição de usar esse nome, porque, como ele tinha nascido da literatura, eu quis dar vida para esse nome. E deu super certo!

Como foi o processo de publicação do livro?

Esse livro foram textos que eu escrevi durante anos. Na realidade, eu não escrevi esses textos para ser um livro. Eu fui publicar um livro de poesias que se chamaria Inspiração. Quando eu conversei com a dona da editora sobre a questão comercial, ela falou que, realmente, livro de poesia no Brasil não vendia tão bem. Aí eu comecei a falar que eu frequentava uma filosofia e que eu escrevia textos pra essa filosofia, e ela falou assim: ‘olha, pense com carinho em transformar esses textos em livro’. Então eu chamei um amigo meu que é revisor, e ele me ajudou a selecionar os melhores textos.

O que são as ‘Sementes de Deus’?

‘Sementes de Deus’ são papeizinhos que a gente tinha que tirar todo mês onde estava escrito ‘paz’, ‘amor’, ‘compaixão’, ‘solidariedade’, e aquilo que você tirasse você tinha que desenvolver e tentar praticar aquilo. Primeiramente, consigo mesmo, porque a gente só pode dar aquilo que tem para dar. E depois com o próximo. E depois, no outro mês, tinha que escrever explicando como é que foi essa experiência.

Sobre o que é o livro?

É um livro universal. Ele não é uma leitura sequencial, você pode abrir aleatoriamente em qualquer página. Eu falo que é uma tentativa de fazer as pessoas saírem do ‘ter’ para começar a ‘ser’. Porque a gente está tanto no piloto automático, que esquece, às vezes, o que é ser humano. E eu já recebi feedbacks muito positivos sobre o livro. De pessoas que deixaram mensagens me agradecendo por ter compartilhado essa experiência, porque serviu muito pra elas também. Porque, na realidade, os dilemas e os conflitos humanos são muito semelhantes. Todo mundo passa por desemprego, separação, problemas de saúde na família… A gente é muito parecido. Então, as pessoas se identificam com facilidade.

Teve algum dos textos que você mais gostou ou que mais significou pra você?

Sim. Eu acho que foi um dos textos mais difíceis o do ‘Perdão’. Porque eu escrevi em um momento que tinha acontecido uma coisa muito forte para mim, e eu precisava perdoar alguém, mas eu num conseguia. Então, acho que foi o texto mais difícil porque eu tinha que praticar isso comigo de uma forma muito profunda. Foi um dos textos mais desafiadores. Eu acho que ‘Gratidão’ é um dos textos que eu me senti com uma inspiração mais elevada para escrever. ‘Compreensão’ também. E o texto que finaliza o livro, ‘Cultivando o Jardim Divino’, que é onde eu explico essas experiências relatadas aqui e a minha experiência também de conexão com Deus.

Você pretende fazer uma continuação de Sementes de Deus?

Boa pergunta. Sim! Eu já tenho o segundo, que é o Sementes de Deus 2 – Inspirando Sentimentos. Já tenho os textos, que são os que eu fiz em Portugal. Acho que já é outra fase da minha vida, são outras experiências. Esses textos já estão prontos e eu tenho a intenção de publicar esse segundo livro fora do Brasil de novo. 

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Por Giulia Michelotto – Fala! UFPR

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