A Covid-19 mudou as perspectivas sobre todo o ano de 2020. A pandemia trouxe grandes consequências, tanto positivas quanto negativas, e ainda intriga a comunidade científica que tenta achar uma imunização eficaz e estudar mais sobre o vírus, o qual fechou as portas do mundo.
Desde o início da pandemia, os sites de saúde alertaram para a importância da exposição ao sol, pois com o isolamento aumentava a dificuldade do famoso “banho de sol” e, assim, a escassez desse banho poderia causar problemas futuros, principalmente para a vitamina D, que é um hormônio, a qual é ativada também pela exposição ao sol. Contudo, nenhuma relação se ligava à doença infecciosa.
Contudo, um estudo realizado no Hospital Marqués de Valdecilla, na Espanha, foi publicada pelo periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, o qual cerca de 216 pessoas hospitalizadas com a Covid-19 participaram em comparação a 197 pessoas fora do hospital e sem o registro da doença. Assim, o estudo concluiu que a deficiência de vitamina D foi mais constatada no grupo dentro do hospital, com o total de 82,2%, e no outro grupo em comparação foi relatado 47,2%.
Afunilando mais a pesquisa, as pessoas participantes do grupo no hospital, que apresentavam baixos níveis de vitamina D, a maior parcela ficava na internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e por mais tempo na instituição espanhola, segundo o portal UOL. Contudo, em relação à mortalidade pela Covid-19, não houve uma expressiva diferença.
Relação entre a Covid-19 e a deficiência de vitamina D
Segundo os autores do estudo, os quais fazem parte da Universidade de Cantábria e do Hospital Marqués de Valdecilla, ainda não se pode comprovar que a falta da vitamina D pode agravar os sintomas do coronavírus ou até mesmo que o aumento no corpo da vitamina possa ser eficaz contra a doença.
O artigo ainda alerta que o grupo de idosos e pessoas com doenças crônicas como hipertensão e diabetes são um dos alvos da doença, principalmente pelo fato desses terem uma maior probabilidade de um nível menor de vitamina D.
Portanto, os níveis de vitamina D devem ser interpretados com cautela, uma vez que a população sob risco de uma infecção pelo (vírus) Sars-CoV-2 grave é provavelmente a mesma sob risco de deficiência de vitamina D.
Afirma o artigo, segundo a UOL.
Diante desse estudo, os autores ainda destacam que a pesquisa foi realizada em apenas um hospital, não tendo, assim, uma variedade de pessoas e contextos para que a pesquisa seja utilizada de forma generalizada.
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Por Amanda Marques – Redação Fala!