A biblioteca de Alexandria foi uma das bibliotecas mais importantes e marcantes do mundo. Segundo os registos ainda existentes, a biblioteca foi fundada no início do sec. III A.C, sob o reinado de Ptolomeu II. A biblioteca continha obras dos grandes pensadores mundiais, entre eles Homero, Sócrates, Platão, entre outros grandes pensadores e filósofos gregos.
Acredita-se que o incêndio da biblioteca foi uma enorme perda para a humanidade, visto que inúmeras obras foram destruídas e queimadas. Como tal, não é de estranhar que haja teorias de conspiração e/ou alguns mitos/mistérios relativamente à biblioteca de Alexandria.
Muitos críticos e historiadores concebem que a criação da biblioteca de Alexandria deveu-se ao Demétrio de Falo, na medida em que foi um dos grandes impulsionadores da construção da biblioteca no antigo Egito. A ideia de Demétrio de Falo era construir uma biblioteca tão ou mais conceituada do que a biblioteca de Atenas. Para tal, concluiu que a biblioteca de Alexandria teria todos os livros do mundo, e passava a ser fonte do conhecimento e do saber para o mundo inteiro. Sob o reinado de Ptolomeu I, construiu-se o Templo das Musas, um centro de palestras e debates intelectuais e filosóficos.
O Templo das Musas foi construído com intuito de auxiliar a biblioteca. Serviria de centro de culto, mas também funcionaria como laboratórios, áreas de estudo, salas de estar, jardim botânico, assim como biblioteca. Já sob a vigência de Ptolomeu II, deu-se a junção da Biblioteca Real com o Templo das Musas estabelecido pelo seu pai, Ptolomeu I.
De acordo com muitos historiados, Ptolomeu II ordenou que mais de cem estudiosos passagem a viver na Biblioteca Real com o objetivo de realizar pesquisas cientificas, traduzir e elaborar manuscritos gregos, bem como tradução de obras pérsias, budistas, hebraicas e egípcias.
O incêndio da Biblioteca de Alexandria
O incêndio que abalou e destruiu a biblioteca de Alexandria tem sido um assunto transversal, uma vez que as obras perdidas e o teor do conhecimento são incalculáveis. Existem muitos relatos e teorias sobre o episódio em si, muitos questionam sobre o mandante do incêndio e as consequências dele.
Muitos estudiosos concebem que o principal suspeito da destruição da biblioteca não é nada mais do que o famoso Júlio Cesar. Segundo os relatos, quando Júlio Cesar atacou e/ou ocupou Alexandria, ele estava cercado pela frota egípcia no porto. Logo, ele ordenou que os seus militares queimassem os navios egípcios. Contudo, o fogo alastrou-se para outras zonas da cidade, e consequentemente a biblioteca de Alexandria foi incendiada.
O filosofo romano Sêneca afirmou que foram destruídos 40.000 manuscritos no incêndio ordenado por Júlio Cesar. Por outro lado, alguns historiadores e pesquisadores afirmam que a biblioteca não foi incendiada por Júlio Cesar, mas sim, algumas obras que estavam nos navios que foram incendiados. Não obstante esse fato, há quem afirma que quem destruiu a biblioteca de Alexandria foi o general Omar. Dizem que quando houve a ocupação árabe, Califa Omar decidiu queimar a biblioteca.
A nova biblioteca de Alexandria
Como a forma de imortalizar a biblioteca de Alexandria, em 2002, o governo egípcio decidiu reconstrui-la. Contudo, é importante realçar que o peso e a magnitude da mesma não se equipara à antiga biblioteca.
A nova biblioteca é considerada a maior e a mais sofisticada biblioteca do país, tem uma vasta coleção digital de obras históricas, laboratórios, auditórios, centro de pesquisa e museus.
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Por Benazira Djoco – Fala! Uniesp Centro Universitário