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5 museus brasileiros que têm como foco a cultura de povos indígenas

O Brasil, em média, conta com 7 mil comunidades indígenas espalhadas pelo país. Além de representar uma parcela da população, representam muitos aspectos sociais e importantes da cultura brasileira. Residem no Brasil desde muito antes da colonização portuguesa, e com o passar dos anos, foram diminuindo de tamanho devido ao maus-tratos que o português realizava com o meio ambiente e a natureza brasileira, além de relatos e fatos constatados e comprovados de escravidão indígena. 

Hoje, ainda encontram-se espalhados pelo país e resistindo a todos os desafios, que por muitas vezes são árduos, comprometendo até mesmo suas casas e comunidades. Logo abaixo, estão listados 5 museus brasileiros com foco na cultura indígena, para os leitores que têm a vontade e desejo de conhecer mais sobre a arte e vida dos indígenas, povos que impactaram e ainda impactam tanto o Brasil de maneira positiva. 

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Conheça 5 museus brasileiros que têm como foco a cultura de povos indígenas. | Foto: APIB.

Museus com foco na cultura dos povos indígenas

1. MAI – Museu de Arte Indígena

O MAI foi inaugurado primeiramente em Clevelândia (PR) em 2009 e, em 2016, foi transferido para Curitiba (PR). Conta com um dos maiores acervos de produção artística indígena do mundo, e foi criado com o intuito de reverberar a cultura indígena da melhor forma possível. A curadoria é de Anna Itália Paraná Mariano, e todas as obras, dentro do museu, passam por um detalhamento e retratam a origem daquela criação, os objetivos e os propósitos. O objetivo do MAI é amplificar a voz indígena com suas artes e características únicas, abrindo espaço para todos conhecerem e se aprofundarem na história brasileira, inserindo todos os valores indígenas na nossa sociedade atual. 

O ingresso é R$ 24 e a meia entrada sai por R$ 12. Os agendamentos são feitos no e-mail: educativo@maimusel.br. Devido à pandemia da Covid-19, o museu encontra-se fechado para visitação. 

Endereço: Avenida Água Verde, 1413 – Curitiba/PR. 

2. Museu do Índio – Funai

Neste museu, o foco é trazer para o âmbito contemporâneo as características singulares dos povos indígenas. É feita uma imersão completa da cultura indígena desde os tempos passados, mas traz à tona também os aspectos civilizatórios e culturais dos indígenas no mundo que vivemos hoje. Além de conter um espaço físico, o museu também conta com um acervo também nas plataformas digitais, com visitas totalmente on-line para os que gostam de se aventurar na Internet.

Além do próprio estabelecimento, o Museu também possui e coordena o Programa de Apoio a Projetos Culturais, que a finalidade é promover as obras artísticas de Indígenas, apoiando manifestações culturais dos povos de uma maneira contemporânea e atual. O museu encontra-se na Rua das Palmeiras, 55 – Botafogo, Rio de Janeiro (RJ, 22270-070) e a entrada é gratuita, com o horário de funcionamento das 9h às 17h30. Devido à pandemia da Covid-19, o museu encontra-se fechado para visitação. 

3. Memorial dos Povos Indígenas

Neste museu localizado em Brasília, um dos focos primordiais é mostrar a diversidade da cultura indígena de uma maneira dinâmica e divertida. Feito em espiral, tendo como o único acesso uma rampa para início do passeio no museu. Conta com apresentações de muitos representantes indígenas, mostrando sua cultura em forma de palestras, conversações, obras e instrumentos, que são ou já foram usados pelas comunidades indígenas. Ideal para crianças e também adultos que gostariam de conhecer e se aprofundar mais nesta cultura de uma maneira divertida.

O memorial encontra-se no Eixo Monumental Oeste, Praça do Buriti, em frente ao Memorial JK (Brasília – DF). Necessita de reserva para entrada no estabelecimento, porém, devido à pandemia, o museu encontra-se fechado para visitação. 

4. Memorial Museu Indígena Kanindé de Aratuba

Distribuídos ao redor do museu, encontram-se peças e obras de indígenas da Comunidade Kanindé (residem nas cidades de Canindé e Aratuba), um povo indígena. Nele, é possível encontrar diversas apresentações e representações desses povos, muitos voluntários e representantes indígenas se juntam aos visitantes para se aprofundarem mais na cultura desta comunidade. São conteúdos exclusivos, como livros e artefatos da própria comunidade, que são levados ao visitantes para uma maior imersão na cultura.

Este local está em constante desenvolvimento e, cada vez mais, recebe mais ações e parcerias, ajudando-os a crescerem positivamente. O museu encontra-se no Sítio Fernandes, na cidade de Aratuba, e devido à pandemia, o Memorial Museu está fechado para visitação. 

5. Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre

Este museu foi criado e é patrocinado pela Secretaria da Cultura e Economia de São Paulo e foi fundado em 1966. O objetivo do museu é ensinar de uma maneira mais simplificada como as culturas do Brasil estão interligadas. A interculturalidade é muito presente no Brasil, e o intuito é demonstrar como a cultura indígena contribui com a cultura brasileira, mais do que isso, que faz parte da cultura brasileira. Com um aspecto muito dinâmico, apresenta um acervo com diversas obras e representações de muitas comunidades indígenas brasileiras. Com recursos digitais e inovadores, mas também com livros e artefatos antigos, o universo que é descoberto quando se adentra no Museu, é surpreendente. 

O endereço é Rua Coroados, nº 521, Centro – Tupã (SP – CEP: 17 600-010) e o funcionamento é de terça-feira a domingo, das 9h às 17h e a entrada é gratuita. Porém, devido à pandemia, as visitações estão suspensas. 

Todos estes museus contam com sites para mais informações sobre o acervo e as comunidades indígenas que são representadas e agora, devido à pandemia do novo coronavírus, o MAI (Museu de Arte Indígena), o Museu do Índio (FUNAI) e o Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre contam com plataformas digitais para os acervos serem visitados de dentro de casa, além de tours completamente virtuais e palestras e apresentações modo on-line. 
São essenciais para adentrarmos mais nas comunidades indígenas e conhecê-las, pois, além de terem feito parte da história do Brasil, ainda continuam vivas e fortes para continuarem desenvolvendo outras histórias importantes. 

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Por Giovanna Rodrigues de Melo Aguiar – Fala! Fecap

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