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O Xadrez Ao Longo Dos Anos

O xadrez é um jogo milenar cuja origem verdadeira não foi confirmada, porém é quase um consenso que o jogo surgiu na Ásia, mais especificamente na Índia, aproximadamente no século VI. Na época ele não era realizado exatamente como é conhecido hoje, contudo, com o passar dos anos e com a intervenção de diversas culturas o jogo de tabuleiro adquiriu novas peças e regras.

    Os bispos, cavalos, peões, torres, reis e rainhas simulam elementos presentes em guerras da época, ou seja, os idealizadores do jogo se inspiraram no próprio contexto de batalhas para o desenvolver. Porém sua relação com o combate está muito além das peças, se espera que os jogadores pensem em cada jogada a ser feita. Assim como em guerra, uma boa estratégia é essencial para conquistar a vitória.   

    As décadas se passaram e a popularidade do jogo aumentou. Há poucos anos atrás as competições de xadrez criavam famosos, a exemplo de Henrique Mecking, popularmente conhecido como Mequinho. Mecking é considerado um dos maiores jogadores brasileiros de xadrez da história, tendo chegado muito perto de conquistar o título de campeão mundial de xadrez. Ou até mesmo Bobby Fischer, jogador estadunidense que morreu em 2008 sendo reconhecido por muitos como o melhor jogador de xadrez do século.

     Atualmente podemos ver que o jogo não gera o mesmo ruído que gerava antigamente. Os jogos de tabuleiro em geral perdem cada vez mais espaços para novos jogos encontrados em videogames, computadores e celulares. Essa nova forma de jogar se apropria do nosso contexto atual para impulsionar a formação de estratégias e o entretenimento, o mesmo que aconteceu com o xadrez séculos atrás. Frente a isso, grandes jogos como o xadrez se tornam cada vez mais raros de serem jogados pelas gerações mais recentes, porém isso não significa necessariamente que ele está perto de desaparecer. 

    Existem escolas que promovem o aprendizado do xadrez a crianças pequenas alegando que beneficia a concentração e o trabalho em equipe. O Jornal da USP dá um exemplo disso, em 2018 universitários de São Carlos se mobilizaram para ensinar xadrez a 40 alunos do ensino fundamental e afirmaram que os alunos se envolveram com a proposta. Além desse envolvimento nas escolas, ainda existem diversos campeonatos de xadrez, tanto internacionais quanto nacionais, mostrando que o jogo ainda vive e que mesmo com todos os jogos multimídias, ainda existem aqueles que permanecem se aventurando nas guerras de tabuleiro.

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Luisa Cerne – Fala!Cásper

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