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Videogame é esporte?

Por Daniel Yazbek – Fala!PUC

 

Silvio Kazuo Pereira realizou um trabalho acadêmico na Unb a fim de buscar entender se videogame pode ser mesmo considerado um esporte. Segundo os dicionários – tanto o português, quanto o inglês – esporte relaciona exercício físico com competição. Entretanto, o SportAccord, organização máxima para federações internacionais de esporte, não inclui atividade física em sua definição, mas com um adendo sobre as federações que não representam esportes que têm esforço físico, sua filiação será avaliada com cautela.

Alguns esportes demandam tremendo esforço físico, outros associam aspectos físicos com estratégias e alguns ainda estabelecem a interação física do atleta com uma máquina. Assim, os cyber-atletas podem ser considerados praticantes de um esporte, propriamente dito, eles trabalham o reflexo das mãos com o raciocínio e estratégia.

Sem contar a preparação física que os atletas cibernéticos precisam ter, pois muitos deles passam mais de 12 horas sem levantar de uma cadeira ao jogar um game. Desta forma, cada vez mais jogadores separam um espaço em suas rotinas para realizarem atividade físicas de fato, pois sabem que corpo e mente atuam junto.

Outro aspecto a ser considerado é a questão das lesões que os atletas sofrem. Não é só no futebol que elas acontecem, porém é evidente que, entre os games, o fato ocorre em menor frequência.

 

O reconhecimento dos e-sports é algo gradativo na sociedade e com o tempo será aceito por todos. Universidades americanas já concederam bolsas de estudos para atletas cibernéticos, o que foi um avanço no espectro de aceitação do esporte tal como ele é. O negativismo em apreciar o game como esporte ainda resiste e, através da mídia, forma a opinião pública sobre o que é e o que não deve ser considerado esporte.

Em poucas palavras, os e-sports não são muito distantes do futebol ou do basquete, pois apresentam características semelhantes e diferentes, essas que são necessárias para a peculiaridade de cada uma das atividades. Da mesma forma que o futebol não é igual ao futebol americano – inclusive, há quem diga que o futebol americano não pode ser esporte – o LoL não é igual ao Dota. A questão aqui instituída é simples: é preciso aprender a respeitar as diferenças.

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