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Universitária opina: Bolsonaro banaliza mortes por coronavírus

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”. O esperado era o governo começar a agir antes ou logo quando o primeiro caso suspeito de coronavírus apareceu, no dia 25 de fevereiro. Mas claro que os conselhos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e toda a repercussão do vírus na Ásia e na Europa não foram suficientes. O governo e muitos brasileiros quiseram ‘pagar pra ver’, e viram.

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Charge de Maurício de Souza/A Voz do Brasil.

Hoje, o total de mortos já passam da casa dos quarentena mil, e uma pergunta: até onde a irresponsabilidade do governo e dos contra a quarentena irão nos levar? Todos os dias o amor de alguém parte desse mundo, e o reflexo do comportamento dos brasileiros durante a pandemia tem sido muito destacado, com o constante crescimento de números de casos no Brasil.

A partir do momento que temos Bolsonaro no governo, ou qualquer um outro governante, podemos entender o impacto de suas condutas como governante e, com isso, uma vez que transmitido a seus eleitores e não eleitores; há uma consequência, sendo ela de opiniões contrárias a suas práticas, e os que o levam em reflexo mantendo isso como rotina.

Vamos aos fatos. Com uma postura autoritária e com grandes doses de zombaria, o presidente da república resolveu fazer aquele churrasco ‘maroto’, mas foi cancelado. Então, ele foi dar uma volta de Jet ski. Isso seria totalmente normal, se não estivéssemos em quarentena e se não batêssemos no dia 9 de maio, dez mil mortos. Apenas com essa atitude de Jair Bolsonaro, já podemos medir o tamanho da banalização sobre as mortes causadas por um vírus e sem previsão de uma cura.

O conceito da banalização é veemente empregado quando todos os dias morre um brasileiro e o seu presidente comemora em um passeio de moto aquática, promove aglomerações, quando suas medidas são de #SaiaDeCasa, e não de #FicaEmCasa, quando não faz uso devido das máscaras.

A partir do momento em que um presidente tem certas ações, isso gera um reflexo que vai ser usado por seus apoiadores e, dependendo de quem está no poder, isso pode vir a ser perigoso. Uma das frases de impacto usada por Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, sobre as dez mil mortes causada por coronavírus, foi: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

Posicionamento de Bolsonaro diante do coronavírus

Mesmo com os número de casos e de mortes ainda mais altos, Bolsonaro mantém seus pronunciamentos ainda mais contrários às recomendações de combate ao coronavírus, e por mais que isso possa ser assustador, devemos ter uma visão bem mais ampla sobre o governo, pois ele não se faz sozinho.

Além do mais do óbvio, que fica bem mais difícil quando não temos para onde correr, pois as chances de revertermos o quadro atual são constantemente ignoradas e continuamos nesse seguimento caminho da ignorância. A ignorância, a imbecilidade e a falta de respeito são escolhas sem ideologia, e nessa questão de ‘até quando’, mudamos para: ‘porque é que ignoram caminhos/recomendações que são importantes para serem seguidas em nosso momento atual?’.

As tomadas de decisões sempre foram de praxe em nosso cotidiano, porém, nessa época, é de extrema importância vermos o cenário atual do governo como um todo, e repensarmos o poder do voto e da maneira como vem sendo usada e mostrada quando colocamos como pauta principal a democracia.

A própria república é a notabilidade da banalização.

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Por Bianca Rocha – Fala! FMU

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