Com a pandemia de Covid-19, um novo (mas nem tanto) assunto voltou à tona: a obrigatoriedade da vacinação à população. Há quem se posicione a favor e quem se posicione contra, é tudo uma questão de opinião, é claro. Contudo, é importante observar que, através do advento da vacina, desde a sua criação, doenças foram controladas e até erradicadas.
Um exemplo é a varíola, doença virótica altamente contagiosa que teve sua contaminação natural erradicada. Outras doenças seguiram por um caminho parecido – sarampo, caxumba, tétano, coqueluche, difteria, febre amarela, meningite, hepatite – e foram controladas durante algum tempo em razão do elevado índice de imunização.
Importância da vacinação
As vacinas atuam na defesa do organismo contra agentes infecciosos e bacterianos. Elas são as formas mais eficazes na prevenção de doenças e epidemias, afinal, sai bem menos dispendioso prevenir uma doença do que vir a tratá-la. A vacina é, portanto, garantia de proteção para quem a toma assim como para as pessoas do entorno por diminuir as chances de contaminação, mesmo entre aqueles que ainda não estão imunizados.
Desde o século XX, é natural termos contato com vacinas desde o nascimento, como forma de prevenção a doenças diversas. Essa prática estende-se pelo decorrer da vida, de forma a gerar anticorpos para doenças viróticas e bacterianas que acometem a humanidade. Através da inserção de parte do DNA ou do RNA mensageiro de um micro-organismo causador de doenças no nosso corpo, criamos resistência e desenvolvemos mecanismos de proteção que, com o tempo, ou evitará a manifestação da doença, ou reduzirá os efeitos nocivos provocados pela contaminação.
As vacinas contra a Covid-19 são um excelente exemplo. Daqueles que já tiveram a oportunidade de tomar a vacina, houve quem apresentasse reações e quem não sentiu reação alguma. Cada organismo tem as suas particularidades, é difícil prever quem vai ou não sentir alguma coisa. Há relatos de quem tomou determinada vacina contra a Covid-19 e apresentou febre, dor no corpo, tontura, enjoo e dor no local da aplicação. Contudo, há relatos também de quem tomou a vacina da mesma marca e atestou sentir absolutamente nada. Mas uma coisa é certa, independentemente de ter apresentado sintomas adversos ou não após a aplicação da primeira dose de qualquer uma das marcas de vacinas destinadas ao coronavírus, a imunização é garantida, desde que todas as doses sejam corretamente administradas.
Com os rumores dos mais variados e criativos possíveis sobre os efeitos e as intenções das vacinas desenvolvidas para o trato e prevenção da Covid-19, a procura por vacinas destinadas a outras enfermidades caiu bastante. O sensacionalismo em cima das especulações de grupos antivacinas gerou certo temor na população de modo geral, ocasionando quedas bruscas nas buscas por vacinas básicas na rede pública de saúde. Muitas crianças e idosos deixaram de vacinar no intervalo de 2020 e 2021.
É responsabilidade do governo federal, em associação com os estados e municípios, desenvolver campanhas de conscientização e mobilização em prol da vacinação, a começar pela primeira infância, fase na qual muitas crianças são arremetidas por doenças infecciosas que podem deixar sequelas irreversíveis e, até mesmo, levar à morte, como meningite, paralisia infantil, sarampo ou outra. E a melhor forma de se manter saudável e manter saudável aqueles que você ama é através do cuidado e da prevenção, por meio da vacinação. Por isso, se puder, se vacine. A sua saúde agradece e aqueles que o amam também.
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Por Tassia Malena Leal Costa – Fala! Universidade Federal do Amapá