Para comemorar o Dia do Cinema Brasileiro, que foi no dia 19 de junho, nada mais interessante do que discorrer sobre a história dele no Brasil. O cinema, no mundo, iniciou em dezembro de 1896, em Paris, na França. Foram apresentados curtas abordando o cotidiano europeu, era preto e branco e sem som.
Chegada do cinema ao Brasil
A chegada ao Brasil foi em julho de 1897, sendo promovido por um empresário que era imigrante italiano, chamado Paschoal Segreto, sendo em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Apenas sendo acessível para a elite carioca, por ter ingressos muito caros. Foram projetados curtas do cotidiano europeu.
As primeiras produções brasileiras foram rodadas por volta de 1897 e 1898, sendo considerado o primeiro filme brasileiro, produzido por Affonso Segreto, o curta-metragem Vista da Baía de Guanabara. Este foi um marco para o início do cinema brasileiro, que depois contou com outras produções saindo do contexto carioca e expandindo. No ano seguinte, abriu a primeira sala em São Paulo, sendo Vitor di Maio o responsável por isso, dando início aos filmes que contariam o cotidiano carioca.
Para o cinema no Brasil, os primeiros 10 anos foram difíceis por conta da logística das fitas e a precariedade da energia elétrica, algo que postergou o desenvolvimento do cinema no país, que em 1907, melhorou essa questão de exibição de filmes. Houve o primeiro filme de ficção brasileiro, com 40 minutos de duração, em 1908, sendo o ano seguinte que abriu a hidrelétrica de Ribeirão de Lages, que melhorou a questão do cinema no Brasil.
Com esta melhora, foram produzidos mais de 30 curtas e médias-metragens, fazendo com que surgissem os primeiros atores e atrizes, sendo alguns do teatro. O cinema brasileiro estava engrenando e se desenvolvendo, mas com a chegada da Primeira Guerra Mundial, o fornecimento de matéria- prima foi defasado. Foi nos anos de 1912 e 1922 em que houveram 60 filmes no Brasil, sendo predominantemente documentários.
Esse período da Primeira Guerra Mundial acabou por enfraquecer o cinema nacional, como em 1911 Francisco Serrador comprou salas de exibição, com a política de exibição de filmes estrangeiros. Algo que podemos pensar que possa refletir muito na situação atual do cinema também.
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Por Lara Monteiro – Fala! Mack