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Repórter a favor da diferença: Conheça Flávia Oliveira

A repórter Flávia Oliveira formou-se em Jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF) e tem 27 anos de cobertura diária de jornalismo economia. Ela é também colunista do jornal O Globo e comentarista da Globo News, CBN News e da Rádio CBN. Mas quem vê este currículo, não imagina que, segundo ela, a escolha pela profissão não foi algo imediato.

OS DILEMAS CONTEMPORÂNEOS DO JORNALISMO

Conheça a Repórter Flávia Oliveira

Eu caí no jornalismo meio que por acaso. Embora eu tivesse uma vocação, ela não estava clara. Eu pensava em fazer outros cursos. Mas foi uma amiga minha que me despertou para essa ideia do Jornalismo, ela me fez uma provocaçãozinha.

Quando ela falou aquilo, abriu-se uma cortina diante dos meus olhos.  Eu devia mesmo ser jornalista. Eu já era uma potencial jornalista por escrever bem, consumir notícias, falar bem.

Contou Flávia em palestra feita na Puc

Filha de mãe solteira, de baixa renda, mulher e negra

Filha de mãe solteira, de baixa renda e negra, Flavia diz que estas origens, de certa forma, ajudaram ela optar pelo tipo de jornalismo que faz, voltado para a diversidade e para análise das desigualdades existentes no país.

EMBOSCADA NO FORTE BRAGG: A VERACIDADE DO TELEJORNALISMO QUESTIONADA

Repórter Flávia Oliveira.
Foto: Larissa Gomes

Talvez isso tenha me ajudado a desenvolver meu jornalismo nessa direção e tenha ajudado o jornalismo a aprender alguma coisa sobre diversidade, embora não tenha aprendido tudo. Ter algum diferente de outro eixo de vivência faz muita diferença para o meio. Acho que cada vez mais necessário. Tem uma riqueza incluída nisso.

Sua jornada no mercado de trabalho

A jornalista comentou sobre as transformações pelas quais o mercado de trabalho passa e afirmou que hoje não se há mais o monopólio da intermediação da informação para a sociedade.

Para ela, as grandes empresas de jornalismo estão enfraquecidas e cada vez mais pedem espaço no mercado, em detrimento das novas formas de disseminar informação.

DIFERENTES FORMAS DE CONTAR HISTÓRIAS NO JORNALISMO

Achar que um jovem que está entrando no mercado de trabalho hoje e que ele terá a mesma trajetória no sentido de estabilidade que eu e os jornalistas da minha geração é ilusão. O mercado mudou muito.

A jornalista também abordou como é conjugar ativismo e jornalismo, e as questões que a afetam como mulher negra na profissão.

Não tem como ser ingênuo quando você toma partido. É importante se despir da dimensão da ingenuidade porque ela não vai te proteger. Tem gente que não é democrática.

É preciso transitar com muita responsabilidade, quando você assume suas posições. Eu assumo meus riscos.

Por Gustavo Magalhães – Fala! PUC Rio

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