A situação atual nesta quinta-feira (19) é de, aproximadamente, 277 mil casos de Covid-19 ao redor do mundo e de 291 no Brasil, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Desde o dia 11, a mesma organização classificou o surto do vírus como estado de pandemia e está publicando recomendações aos países para evitar o contágio.
Dentre elas, a distância social ou auto-isolamento é o que tem sido indicado pelo Ministério da Saúde como medida preventiva. Além da higienização das mãos e do uso de máscaras.
A transmissão do SARS-CoV-2 costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas como, por exemplo, no espirro, isso faz com que as possibilidades de contágio sejam altas. Mas o que torna a situação de pandemia ainda mais complexa é que o vírus pode causar, em alguns casos, doenças respiratórias como pneumonia grave, em pessoas de estado mais vulnerável, tornando-se necessária a internação.
E a faixa etária com maior risco de ser atingida num teor mais grave são as pessoas entre 60 e 80 anos, de acordo com o estudo publicado na revista científica MedRxiv. Então, necessariamente, deve haver uma preparação técnica incluindo UTIs e vagas em hospitais para atender tal demanda pública. A capacidade do sistema de saúde será colocada no limite em questão de dias.
Um dos cenários possíveis, em caso da continuação da vida regular – com pessoas saindo, sendo infectadas e espalhando o vírus até mesmo sem saber – nas cidades, é a superlotação desses leitos de hospitais. Até mesmo porque outros tipos de demandas, como acidentes de trânsito, podem continuar existindo.
De acordo com o movimento #FlattenTheCurve (#AchateACurva), que está nos trending topics do Twitter e foi iniciado por profissionais da saúde estadunidenses, ficar em casa pode salvar vidas – diminuindo a sobrecarga do sistema de saúde.
Com relação ao gráfico, a parte vermelha representa casos sem as medidas protetoras, em que as pessoas continuam suas vidas pela cidade. Já o cinza, seriam os casos com medidas protetivas, possuindo seu topo encontrando exatamente a capacidade limite do sistema de saúde.
Ao evitar o colapso dos serviços públicos e privados, mais casos de risco poderão ser tratados, enquanto a tendência de fatalidade será menor. Para os não-infectados será uma maneira de manter-se saudável e para os infectados menos vulneráveis não contaminarem aqueles que estão na faixa etária mais suscetível a casos graves.
Por isso, o distanciamento social se apresenta como resposta efetiva ao avanço dos casos de Covid-19 no Brasil. O que sugere uma atitude por parte de todos os setores da sociedade, liderada pelo Ministério da Saúde.
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Por Raquel de Jesus – Fala! UFRJ