Você queria sempre tudo sob seu controle
Mas esqueceu que nasci mulher
Tempestade e vendaval
Filha dos campos abertos
Sangue de revolucionária, autônoma e soberana
Sou mulher
Livre de qualquer submissão, livre para dizer “não”
Não pertencia a você
Então você me deixou sem ar
Me tirou de tudo que sou
Contudo, não lembrou: Sou mulher
E espero que um dia entenda que nunca fui sua
Me enraízo agora na terra em que você pisa
Seus passos são fadados a aceitar minha emancipação
Seja ela como for, onde for
Pois acima de tudo, sou mulher
Me incendeie como livros de Alexandria
Que eu faço das minhas cinzas, liberdade.
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Por Isadora Noronha Pereira – Fala! Cásper