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PL pede anulação de urnas do 2° turno alegando irregularidade

O partido PL abriu uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exigindo a anulação dos votos de 279.336 urnas eletrônicas, o que representa cerca de 59% do total das urnas utilizadas para as Eleições 2022. Segundo o partido, houve um “mau funcionamento” das urnas, que teria alterado o resultado que elegeu Luiz Inácio da Silva (PT) com 51,1% dos votos.

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PL alega “mau funcionamento” das urnas. | Foto: Montagem

O partido alega que houve erro nas urnas fabricadas antes de 2020 e apenas no 2° turno das Eleições 2022. “O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”, afirmou o PL.

A ação foi rebatida pelo TSE e o presidente Alexandre de Moraes cobrou que o partido apresentasse, também, dados do 1° turno, já que as supostas urnas com “mau funcionamento” foram usadas no 1° turno, que, inclusive, elegeu 99 deputados federais da legenda, além de 8 senadores.

A seguir, entenda mais detalhes sobre a ação do PL:

O que alega a ação do PL?

O partido pede que as urnas dos modelos fabricados antes de 2020 sejam invalidadas, devido a um suposto mau funcionamento apenas no 1° turno. A ação também aponta que apenas os votos das urnas fabricadas após 2020 são “auditáveis”, o que daria a vitória a Jair Bolsonaro (PL).

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, discursou, nesta terça-feira (22), sobre a exigência de seu partido: “Eu quero dizer com toda humildade que nós do PL não somos especialistas em segurança de dados. Por isso, vamos atrás de técnicos que fizessem esse trabalho para garantir a transparência do processo eleitoral. Até porque eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, as bancadas do PL foram eleitas com urna eletrônica. Então é natural que se peça um trabalho de fiscalização para que não fique nenhuma dúvida em relação ao nosso sistema eleitoral”.

O presidente da legenda ainda comunicou que contratou técnicos e especialistas em seguranças de dados para discutir a questão com o TSE. Alexandre de Moraes deu 24 horas para que o partido apresente um relatório completo sobre as eleições, incluindo o 1° turno.

Os questionamentos do PL sobre a credibilidade das urnas eletrônicas foram alvos de críticas. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirmou que a atitude do PL é uma “chicana”, que deve receber punição pela justiça. “Chega de catimba, de irresponsabilidade, de insultos às instituições e à democracia. A eleição foi decidida no voto e o Brasil precisa de paz para construir um futuro melhor”, declarou a presidente do PT.

Ana Claudia Santano, coordenadora da Transparência Eleitoral Brasil, também se posicionou contra às alegações do PL. “A Transparência Eleitoral Brasil acompanhou todo o processo eleitoral e não entende que seja possível questionar apenas uma parte das urnas utilizadas e somente no segundo turno. As urnas passaram pelos mesmos procedimentos de auditoria e foram utilizadas nos dois turnos”, afirmou.

Vale lembrar que segurança das urnas eletrônicas já foram atestadas pelo Tribunal de Contas União (TCU), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelas Forças Armadas.

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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!

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