A pandemia do novo coronavírus iniciou-se em conjunto com o lançamento de conteúdos musicais os quais conquistaram seus ouvintes, incluindo a mim mesma. Portanto, decidi compartilhar e comentar sobre meus 5 álbuns internacionais preferidos, todos lançados em 2020. Quem sabe o seu não está na lista?
5 melhores álbuns internacionais de 2020
5- Tickets To My Downfall (Machine Gun Kelly)
O quinto lugar da minha lista é ocupado por um disco muito intenso: seja paixão, caos ou revolta, todas as emoções trazidas pelo álbum são representadas de forma exagerada, contagiando o ouvinte. Em Tickets To My Downfall, há uma mudança radical de estilo comparado aos trabalhos anteriores do artista Machine Gun Kelly, que sempre foi conhecido pela produção de discos voltados para o gênero rap, enquanto, em suas novas composições, o estilo predominante é o punk rock.
Há uma explicação para tal transição repentina de caráter musical do cantor: a produção do álbum foi realizada pelo artista Travis Barker, mais conhecido como o baterista da famosa banda punk rock Blink-182. Desse modo, foram construídas faixas que revivem um estilo musical que está, há muito tempo, adormecido. Além disso, o cantor apresenta um álbum com diversas colaborações marcantes, contando com os artistas: Halsey, Trippie Redd e Blackbear, produzindo músicas contagiantes e energéticas.
4- Evermore (Taylor Swift)
O mais inesperado e espontâneo álbum do ano foi anunciado por Taylor Swift apenas 24 horas antes de seu lançamento e 5 meses após a divulgação de seu último disco, Folklore, o qual anunciou uma nova era musical da cantora. Apesar de ser considerado, de acordo com as palavras da própria artista, uma “irmã” do álbum anterior (por apresentar estilos musicais semelhantes como o country, indie e folk) o mais novo trabalho de Taylor apresenta características únicas.
Primeiramente, por Evermore ter sido produzido durante a pandemia da Covid-19, a cantora demonstra, por meio das músicas, as dificuldades enfrentadas por ela durante esse período conturbado. Além disso, a maioria das faixas desenvolvidas são baseadas em histórias criadas pela artista, como a faixa no body, no crime, a qual relata a experiência de um homicídio de uma mulher que confrontou seu marido após descobrir uma traição e foi assassinada por ele. Portanto, aqueles que experenciam Evermore estarão em contato com faixas de interessante elaboração e qualidade.
3- Calm (5 Seconds of Summer)
A banda 5 Seconds of Summer é composta por jovens de apenas 20 anos, sendo, por isso, muito subestimada em relação à capacidade de produzir bons discos. Porém, mais uma vez, o grupo não decepcionou: formado por Michael Clifford (guitarra), Luke Hemmings (voz e guitarra), Ashtown Irwin (bateria) e Calum Hood (baixo), o quarteto revela no álbum Calm uma mistura dos gêneros pop e rock, com o objetivo de criação de composições mais profundas e terapêuticas.
Com músicas referindo-se a autoconhecimento e reflexões, o disco traz um equilíbrio entre agitação e amenidade, como pode se observar no contraste entre as músicas Teeth e Easier. A mensagem transmitida pelo álbum adequa-se à idade dos integrantes do grupo que, coincidentemente, é a mesma da maioria de seus fãs. Assim, conforme a banda foi transformando seu estilo para algo mais maduro, os próprios adoradores do grupo encontram-se representados, promovendo uma experiência musical interessante principalmente para aqueles que acompanham o grupo desde o início de sua juventude.
2- Future Nostalgia (Dua Lipa)
A nostalgia é um mantra que atravessa gerações. Ciente disso, a inglesa Dua Lipa entrega ao público um álbum dotado de elementos das décadas 80 e 90, tanto no estilo musical quanto nos clipes apresentados pela cantora, com cores marcantes e atmosfera de uma discoteca, como era comum na época. Até a própria cantora deixou seus cabelos platinados, inspirando-se na moda do início dos anos 2000.
Além disso, a capa do novo projeto de Dua faz referência ao pop passado: é uma imitação de um ensaio realizado pela artista Madonna, anos atrás. Porém, o disco também conta com elementos futurísticos, apresentando uma batida eletrônica muito energizada que não faz ninguém querer ficar parado, principalmente nas faixas Don’t Start Now e Hallucinate. Portanto, recomendo fortemente aos fãs (e não fãs) de música pop que deem uma chance a esse álbum, isso se já não o experienciaram.
1- The New Abnormal (The Strokes)
Diferentemente do último disco lançado pelo quinteto nova-iorquino, sua sexta obra, no geral, obteve muito sucesso nas críticas e com os fãs. O álbum conta com referências antigas dos anos 80, as quais podem ser observadas na faixa Brooklyn Bridge to Chorus, e novas dinâmicas sonoras, ao que se percebe em At the Door, reforçando a capacidade da banda de se reinventar e criar novos estilos, demonstrando sua importância no universo do indie rock.
Há também músicas para qualquer momento do dia: desde faixas mais animadas até músicas em um estilo mais melancólico, como Not The Same Anymore. Além disso, há a presença de conflitos experienciados pelos próprios integrantes da banda como, por exemplo, o divórcio do vocalista Julien Casablanca. Assim, se é desejado escutar composições leves e divertidas, The New Abnormal é o ideal, sendo pelas razões abordadas acima, o ocupante do primeiro lugar de melhor álbum lançado em 2020!
___________________________________
Por Lorena Lindenberg – Fala! Cásper