Numa certa entrevista, Sergio Moro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro nunca teve compromisso verdadeiro com o combate à corrupção… e nesta quinta, 18, pudemos ter 99,9% de certeza disso.
O ex-acessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso numa casa de Atibaia, após a deflagração de uma operação encabeçada pelos Ministérios Público de São Paulo e Rio de Janeiro e pela Polícia Civil. Até aí, só o Queiroz teria culpa.
O que agrava a história é que a casa onde Queiroz estava pertencia a Frederick Wassef, criminalista e advogado particular de Flávio e Jair Bolsonaro. O ex-assessor do senador estava residindo na casa, sem sair por um instante, há cerca de 1 ano. Em entrevista em 2019, Wassef afirmou que não sabia onde estava o paradeiro de Queiroz e que não era seu advogado.
Ué? A pergunta que não quer calar é: por que esconder Queiroz? O que de tão grave aconteceu para que ele fosse escondido, como um fugitivo de um homicida, na casa do advogado de seu ex-patrão?
Por que Moro estava certo?
A famosa rachadinha, tão negada pela família Bolsonaro, cada vez mais está próxima de ser provada apenas com as atitudes de Flávio e de seus interligados e só é mais uma prova de que a afirmação do ex-ministro da Justiça estava absolutamente correta.
Anteriormente, Flávio Bolsonaro queria suspender o inquérito, em todas as instâncias judiciais, mas sem sucesso. Se ele é inocente, por que tentou suspender? Estranho, não?
Jair Bolsonaro querer “blindar” sua família de toda forma também é outra atitude que acarreta num acobertamento de alguma prática irregular do presidente e/ou de sua família.
Quem deve não teme, mas como estão temendo, então, a dívida desses temedores provavelmente é altíssima. Cabe à justiça verdadeiramente ímpar investigar e punir os responsáveis, e reconhecer que Sergio Moro, ao avistar um governo sem compromisso com o combate à corrupção e práticas corruptas, estava certíssimo.
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Por Álvaro José – Fala! UFPE