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Opinião: Arbitragem no Brasil é ruim pela falta de profissionalização

A arbitragem no futebol brasileiro vem se superando negativamente a cada campeonato. Erros absurdos são sempre motivo para uma longa discussão após uma partida em que algum time é “prejudicado”. A maioria do discurso que os entendidos da própria área de arbitragem afirmam é a profissionalização dos árbitros. Mas será esse o problema? A seguir, confira uma análise sobre a situação da arbitragem no País e sua importância.

arbitragem no Brasil
Os árbitros no Brasil são alvos de polêmicas em todas as partidas. | Foto: Freepik.

Entenda o problema da arbitragem no Brasil

Quando há uma decisão importante em qualquer campeonato ou um jogo apenas para cumprir tabela, as atenções estão sempre voltadas na escolha de quem irá apitar a partida. Existe o argumento de quem pede que o juiz seja caseiro, beneficia o mandante, essa desconfiança vem de uma série de escândalos que já tivemos em outros campeonatos.

Com o ingresso do VAR (Video Assistant Referee) pensávamos que o índice de erros seria menor. Já que sua função tem por objetivo ajudar o árbitro central a tomar decisões em lances duvidosos. O futebol vai ficar mais no campo da tecnologia do que da própria interpretação dentro da partida, isso deixando ainda mais um ponto de interrogação na cabeça do torcedor. O processo de analisar um vídeo de um lance polêmico leva em torno de 5 a 6 minutos, uma demora absurda. Notasse no momento de analisar um lance que o despreparo dos analistas atrasam e por vezes erram. Os mesmos analistas que estão dentro da cabine do VAR, são juízes e ex juízes que já atuaram nos gramados.

Sendo assim, discordo que um juiz que atua nos gramados possa atuar dentro de um sistema de lance duvidoso, a probabilidade do torcedor alimentar qualquer desconfiança é muito grande. O ideal seriam pessoas preparadas, sem algum tipo de relação com árbitros que atuam nas partidas. Quem sabe um processo novo de juízes especializado na função do VAR?

O árbitro no Brasil não tem carteira assinada, é autônomo, ganha por partida e tem vínculos com entidades que organizam competições. Talvez aí esteja o problema. O fato de não ter uma preparação mais profunda as organizações poderiam intervir ou exigir cursos mais específicos, ou criar métodos de preparo além das breves reuniões e cursos exigidos pela CBF que são rápidos e de pouco conteúdo que inovam.

Por fim, a arbitragem no brasil só terá o respeito e a credibilidade se um dia tornar uma profissão de verdade, até porque como autônomo e fazendo bico pra receber seu cachê os impede de julgar e também dele mesmo se aperfeiçoar numa área cuja não é reconhecida pela CLT.

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Por Abel Santos – Fala! UNIASSELVI

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