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Olimpíadas Tóquio 2020 e as apostas brasileiras para os jogos

Faltando pouco menos de 10 meses para a abertura oficial dos Jogos da 32ª Olimpíada, em 24 de julho de 2020, o mundo se prepara para esse evento que promete não apenas nos esportes, mas também em tecnologia e ecologia.

Sendo o primeiro país a sediar os jogos duas vezes na Ásia (a primeira em 1964), o Japão promete novas tecnologias, como os robôs de suporte de campo, que ajudarão na organização dos jogos, e os robôs de auxílio aos torcedores. Além disso, trará também a inovação de fabricar todas as medalhas em material reciclado de smartphones descartados.

Outra novidade dos Jogos Tóquio 2020 são as seis novas modalidades incluídas na competição: skate, karatê, baseball/softball, surfe e escalada; além das outras duas modalidades seminovas: basquete 3×3 (basquete de rua) e ciclismo BMX freestyle categoria park.

Apostas brasileiras no skate

O Brasil já promete grandes destaques em vários dos novos esportes. Um deles é o skate, que tem grandes nomes nas modalidades park e street, chegando como um dos países favoritos na competição. Para se classificar a fim de disputar as olimpíadas, o atleta deverá estar entre os 20 melhores no ranking mundial, que só será divulgado após o fim da temporada, no início de 2020.

Uma das maiores apostas é a maranhense Rayssa Leal, a Fadinha, vice-campeã mundial de apenas 11 anos de idade. Nas disputas femininas também são destaque Pâmela Rosa e Letícia Bufoni. As três disputarão na categoria Street e já sonham com um pódio totalmente brasileiro em Tóquio. Também disputando o pódio do skate nas olimpíadas temos Kelvin Hoefler, Pedro Barros, Luís Francisco e Yandiara Asp, todos no top 10 das recentes etapas do Mundial.

Brazilian Storm

Outro esporte em que o Brasil promete ganhar destaque é o surfe, apostando em grandes nomes do esporte como Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Silvana Lima, Tainá Hinckel e Tatiana Weston-Webb, brasileira criada no Havaí que decidiu competir sob bandeira brasileira. Contudo, cada país só poderá ter duas vagas de cada gênero, que seguirá o ranking do Circuito Mundial de 2019.

Escalada brasileira em alta

Também na disputa por uma vaga nos Jogos Olímpicos estão, pela primeira vez, os atletas de escalada esportiva. Eles deverão se classificar através de uma série de eventos mundiais, de acordo com a Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE), sendo os últimos e mais importantes os Eventos Continentais (fevereiro a maio de 2020): Europeu, Asiático, Oceânico, Africano e Pan-americano.

Os melhores colocados formarão o Top 10 mundial, classificando o atleta para uma vaga nas Olimpíadas. As maiores apostas brasileiras estão em cima da paulistana Thaís Makino, hexacampeã brasileira, e do casal mineiro Jean Ouriques, primeiro colocado no ranking brasileiro masculino, e Patrícia Antunes, na quarta posição no ranking.

Brasil nas modalidades tradicionais

Nos esportes já tradicionais dos Jogos Olímpicos, o Brasil já se classificou oficialmente com 112 vagas em 16 modalidades. São elas:

  • Canoagem velocidade: com a medalha de bronze no Mundial C2 100m com Isaquias Queiroz e Erlon de Souza;
  • Futebol feminino: a seleção brasileira conquistou o título de heptacampeão da Copa América no Chile, em abril de 2018, com 31 gols marcados e apenas dois sofridos;
  • Handebol feminino: que se classificou ao conquistar o título de hexacampeão, nos Jogos Pan-Americanos;
  • Hipismo adestramento, saltos e CCE: nos quais as equipes brasileiras conquistaram suas vagas nos Jogos Pan-Americanos;
  • Maratona aquática: a baiana Ana Marcela Cunha ficou em quinto lugar na prova de 10km do Mundial de Esportes Aquáticos;
  • Natação: o Brasil garantiu vaga em três provas de revezamento, no Mundial de Esportes Aquáticos: 4×100 livre masculino, 4×200 livre masculino e 4×100 medley masculino;
  • Pentatlo moderno: a carioca Maria Ieda Guimarães se classificou em quarta colocada nos Jogos Pan-Americanos, ganhando destaque já em sua primeira participação em Jogos;
  • Rugby feminino: a seleção brasileira de rugby sevens feminino se classificou ao conquistar o campeonato pré-olímpico sul-americano em Lima, em 2019;
  • Tênis: o tenista João Menezes garantiu a vaga nas Olimpíadas ao conquistar o ouro nos Jogos Pan-Americanos;
  • Tênis de mesa: o carioca Hugo Calderano conquistou sua vaga com a vitória nos Jogos Pan-Americanos;
  • Tiro com arco: medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos, Marcus D’Almeida se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha na modalidade, garantindo sua vaga em Tóquio;
  • Vela: 10 atletas conseguiram as classificações necessárias para participar dos Jogos Olímpicos de 2020, porém a vaga olímpica em vela pertence ao país, portanto a Confederação Brasileira ainda irá definir os atletas que de fato representarão o Brasil nos Jogos;
  • Vôlei: os times feminino e masculino de vôlei brasileiro conquistaram suas vagas no Pré-Olímpico.

As mais recentes vagas foram conquistadas nas competições do fim de semana de 28 e 29 de setembro, garantindo participação em mais quatro modalidades:

  • Basquete feminino: a seleção se classificou através do Torneio Pré-Olímpico;
  • Windsurf: com a classificação em 15° lugar da atleta Patrícia Freita no Campeonato Mundial de RS:X;
  • Atletismo: a vaga se deu durante o Mundial de Doha, no Catar, para a equipe brasileira dos 4x400m misto;
  • Caiaque: a canoísta mineira Ana Sátila conquistou a vaga na modalidade de categoria C1 feminino no Campeonato Mundial de Canoagem, na Espanha, e será a única brasileira a competir tanto na categoria K1 (canoagem) quanto na C1 (caiaque).

As expectativas brasileiras, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), são de uma delegação de aproximadamente 250 atletas, um número muito inferior do que na Rio 2016, que foi representado por 465 atletas, contudo como país sede o número de vagas disponibilizado ao Brasil foi maior. Em Londres 2012, a delegação contou com 259 atletas.

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Por Bruna Janz – Fala! PUC

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