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Olimpíadas: qual a história da China nos Jogos Olímpicos

Nas últimas sete Olimpíadas, desde Barcelona 1992, a República Popular da China terminou a competição entre os cinco primeiros colocados no quadro de medalhas. Em 2008, quando foi anfitriã, conquistou o primeiro lugar, com 51 medalhas de ouro.

Entretanto, antes desse histórico recente de muitas conquistas e medalhas, houve momentos conturbados envolvendo a geopolítica da guerra fria, que nem sempre garantiram à China a participação nos Jogos Olímpicos. Para compreender melhor essa história, faz-se importante uma breve digressão. É importante ressaltar que vamos tratar apenas dos Jogos de Verão, que constituem para a plateia brasileira a principal celebração olímpica, ao contrário dos de inverno, que não recebem tanta atenção por parte da mídia e do público. 

Além disso, estamos no clima das Olimpíadas de Tóquio 2020, que acontecem até o dia 8 de agosto. Assim como as de verão, as Olimpíadas de Inverno ocorrem também de quatro em quatro anos e a próxima será ano que vem, 2022, na cidade de Pequim, capital da China. O torneio está marcado para fevereiro, data do ano novo chinês, o feriado mais celebrado e importante do país.

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Olimpíadas: conheça a história da China nos Jogos Olímpicos. | Foto: Reprodução.

Contexto histórico da China nas Olimpíadas

Em 1949, com a vitória da Revolução Comunista, o Governo Nacionalista derrubado, chefiado por Chiang Kai Shek, parte para o exílio na ilha de Formosa. Para a Comunidade Internacional, principalmente no ocidente, essa será a república da China reconhecida. Por outro lado, a República Popular da China (RPC), sob o comando de Mao Tse Tung, permaneceria em um estranho ostracismo aos olhos internacionais, em um claro paradoxo com seu tamanho e importância geopolítica.

Nas Olimpíadas de 1952, o COI liberou participação das duas Chinas no evento. Ainda assim, no restante dos anos 50 e nas duas décadas seguintes, o governo Comunista da RPC, envolvido em crises de fome e guerras civis, com a famosa revolução cultural, não participaria dos jogos. Nesse período, a República da China sediada em Formosa (atual Taiwan) competiu de maneira discreta, sem grandes resultados.

A partir da década de 70, a aproximação entre China e EUA, combinada ao reconhecimento da ONU da existência da república comunista, abriu as portas dos Jogos Olímpicos para o gigante oriental. Como propaganda política do partido comunista e uma vitrine do desenvolvimento Chinês sob o comando do então presidente Deng Xiaoping, os investimentos esportivos dariam aos chineses resultados espantosos desde a Olimpíada de 1984 em Los Angeles, quando os chineses terminaram os jogos em quarto no quadro de medalhas. A partir de então, a República da China passaria a competir como Taipé Chinês (Taiwan) e a República Popular da China como China, alcançando um novo patamar nas competições olímpicas, disputando sempre entre os favoritos à medalha.

Em Los Angeles, a China carregou uma marca histórica, que foi a primeira medalha de ouro do país, conquistada pelo atleta atirador Xu Haifeng. Nos jogos seguintes, Seul 88, a China destoou um pouco, terminando na décima primeira colocação, com 5 medalhas de ouro. De Atlanta 96 até Pequim 2008, foi uma evolução constante, mais medalhas conquistadas no total e um maior número de ouros (o que conta mais na classificação geral).

No ano em que foi sede, a delegação chinesa foi composta por 639 atletas. A China venceu em sete esportes: badminton, boxe, ginástica, halterofilismo, saltos ornamentais, tênis de mesa e tiro. Esses esportes deram ao país 65 das 100 medalhas e 40 dos 51 ouros. Além das marcas históricas nos esportes, 2008 foi a primeira vez em que a China sediou os Jogos Olímpicos, sejam eles de inverno ou verão. 

No Rio de Janeiro, em 2016, a China ficou com a terceira colocação, com 70 medalhas ao todo e 26 ouros, sendo 7 desses 26 nos saltos ornamentais, esporte que mais gerou medalhas de ouro para o país em Olimpíadas, ao todo foram 40.

Nas Olimpíadas de Tóquio, no dia 26, a China ocupava a terceira posição no quadro de medalhas, com 15 no total e 6 ouros. Hoje (30), está em primeiro, com 26 medalhas – 15 de ouro, 7 de prata e 9 de bronze.

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Por Pedro Tavares – Fala! UFRJ

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