Desde antes das eleições de 2022, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pretendia se desvincular da associação aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e durante o período da Copa do Mundo a CBF participou da ação “Vire a Chave. A paixão muda o jogo” junto de sua parceira Kavak para reestabelecer o real significado da camisa da Seleção.
Uso da camisa da Seleção na política na visão da CBF
No dia 9 de janeiro, após os atos antidemocráticos e terroristas que tomaram conta do Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal) em Brasília, a CBF divulgou uma nota através de sua conta no twitter:
“A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. É para torcer, vibrar e amar o país. A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir, e não para separar os brasileiros”, afirmou a entidade.
A nota divulgada ainda ressalta que a camisa verde e amarela é um sinal de alegria do povo brasileiro, e deve ser usada para torcer pelo país.
A “adoção” do uniforme da seleção brasileira é algo que já aconteceu anteriormente na história do país, nos anos 1980 em defesa da ditadura militar durante a campanha Diretas Já. Em 2013, também foi usada nas manifestações contra o reajuste da tarifa de transporte coletivo em São Paulo, e nos anos seguintes durante a eleição de 2014 (PT X PSDB), e em manifestações a favor do impeachment de Dilma Roussef em 2015.
Mas somente em 2018 a camisa se reafirmou como uma forma de oposição ao vermelho do Partido Dos Trabalhadores, e ressaltando um discurso de patriotismo do até então candidato a presidência Jair Bolsonaro.
Nessa mesma época o verde e amarelo além de “usufruir” do discurso de patriotismo e oposição ao Partido Dos Trabalhadores, também passou a servir como o uniforme de um discurso de direita cada vez mais radical.
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Por André Luiz Tito Rocha – Fala! Uninove