Após uma série de adiamentos, ataques na internet e e conflitos com a ANCINE (Agência Nacional de Cinema), Marighella, o filme brasileiro mais aguardado do ano, chegou aos cinemas nesta quinta-feira (4). A cinebiografia narra os últimos anos da vida de Carlos Marighella, que em 1969, decidiu reunir um grupo de guerrilheiros para reagir diante das atrocidades da ditadura militar. Assim, o poeta precisa enfrentar os militares e uma grande parte da sociedade que o enxerga como um inimigo público.
O protagonista é estrelado pelo cantor e compositor Seu Jorge. Na direção, Wagner Moura dirige e co-escreve pela primeira vez um longa metragem. Já o roteiro conta com a assinatura de Felipe Braga. Além disso, o elenco tem a participação de Bruno Gagliasso, Bella Camero, Humberto Carrão, Adriana Esteves, Henrique Vieira e Brian Townes.
A produção tomou como base o livro de Mário Magalhães, intitulado Marighella — O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo.
Saiba mais sobre Marighella, filme de Wagner Moura
Antes de estrear no Brasil, Marighella girou o mundo e participou de vários festivais de cinema. Sua estreia aconteceu no Festival de Berlim em 2019 e recebeu muitos aplausos após a exibição. Além disso, no mesmo ano, a produção passou por outros festivais internacionais. Na França, chegou ao Festival do Cinema Brasileiro de Paris; na Itália, no Bari International Film Festival; na Austrália, no 66º Sydney Film Festival; e no Chile, no Santiago Festival Internacional de Cine. O longa também fez sua passagem pelos festivais de Seattle, Istambul e Estocolmo.
No Festival Internacional de Cinema da Índia, Seu Jorge recebeu o prêmio de Melhor Ator. O compositor venceu na mesma categoria no Festival Internacional de Bari, na Itália.
Em entrevista ao GZH, Wagner Moura revelou porque decidiu seu primeiro filme foi sobre Carlos Marighella. “Ele foi um lutador. Um cara que, no país de desigualdades gritantes, esteve sempre ao lado dos mais fracos e oprimidos, dos mais pobres, dos trabalhadores, das minorias, da democracia. Entregou sua vida pela democracia. Esse longa, naturalmente, surge da minha admiração profunda pelo legado dele. Era uma pessoa complexa e foi isso que tentei mostrar no filme”, explicou.
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Produzido pela O2 Filmes e distribuído pela Paris Filmes, Marighella já está em exibição nos cinemas.
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Por Lucas Kelly – Redação Fala!
