No dia 7 de setembro, Dia da Independência, grupos pró-Bolsonaro realizarão manifestações ao redor do país. Apoiadores do Chefe do executivo se reunirão para pedir pelo voto impresso, criticar o Supremo Tribunal Federal e defender as pautas de interesse do atual presidente.
Nas redes sociais, grupos conservadores e evangélicos estão publicando vídeos para convidar, aqueles que apoiam Jair Bolsonaro, a participarem da “nova independência”. Em São Paulo, para que tumultos não ocorram, o governador João Dória (PSDB) vetou a participação de protestos de movimentos opositores. Por isso, a Avenida Paulista será ocupada pelos bolsonaristas no dia 7 de setembro, e no dia 12, grupos de oposição, como o MBL (Movimento Brasil Livre), estarão no local.
Líderes dos poderes se manifestam sobre a tensão antes do 7 de setembro
Durante a transmissão semanal, ao vivo pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro voltou a incentivar as manifestações do dia 7 de setembro. Segundo ele, suas ações não estão provocando a desarmonia entre os poderes, e assim, criticou o STF.
“Será uma manifestação nunca vista no Brasil, e todos nós precisamos entender o que o povo tá querendo. Eu espero que uma ou duas pessoas mudem o seu comportamento , porque se não mudar, aí fica difícil a convivência, segundo disse o próprio ministro Fux”, afirmou.
Apesar de Bolsonaro declarar a existência de um ambiente pacífico no país, outras autoridades públicas apontam que há um clima de instabilidade política, que pode favorecer um possível golpe. Por isso, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, fez um discurso na quinta-feira (2) reafirmando que a Corte está monitorando os movimentos que acontecerão e que não irá tolerar atos antidemocráticos.
“Essa Suprema Corte, guardiã maior da Constituição, aguarda que os cidadãos agirão em suas manifestações, com senso de responsabilidade cívica, respeito institucional e ciência das consequências jurídicas de seus atos. Manifestações públicas são pacíficas, por sua vez, a liberdade de expressão não concorda violência ou ameaças”.
Além disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou, após uma reunião com governadores, que a democracia não pode ser negociada. Assim como Luiz Fux, a fala de Pacheco foi intencional para que o clima de tensão pré 7 de setembro melhore. “É muito importante que todos nós estejamos unidos, respeitando as divergências, na busca de consenso, na busca de convergências, mas com um aspecto que para nós é inegociável: a democracia”.
Dessa forma, mesmo Bolsonaro afirmando, durante a cerimônia de lançamento das autoridade ferroviárias, que “ninguém precisa temer o 7 de setembro”, outras autoridades apontam que há um clima de instabilidade política que pode provocar manifestações conduzidas pela violência, como aconteceu na Invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro nos Estados Unidos.
_____________________________
Por Lucas Kelly – Redação Fala!