Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito nas urnas em 2022, participou da COP27 nesta quinta-feira (17). O evento dirigido pela Organização das Nações Unidas (ONU) aconteceu em Sharm el-Sheik, no Egito. O objetivo é reunir líderes de todos os lugares do mundo a fim de discutir meios de se lidar com as questões climáticas que enfrentamos.
Veja os destaques do discurso de Lula na COP27:
Discurso de Lula na COP27
Lula iniciou o discurso agradecendo pela oportunidade: “Eu quero em primeiro lugar agradecer ao presidente do Egito que me enviou um convite para participar dessa COP. Quero agradecer ao governador Helder Barbalho, governador do estado do Pará, do Brasil, que está presidindo um consórcio dos governadores dos estados amazônicos. E quero dizer para vocês que é uma alegria essa volta política e participar de um primeiro evento patrocinado pela ONU, uma instituição que nós todos aprendemos a respeitar”.
O presidente prosseguiu o discurso e lamentou o cenário socioambiental que enfrentamos: “O planeta, que a todo momento nos alerta de que precisamos uns dos outros para sobreviver, que sozinhos estamos vulneráveis à tragédia climática. No entanto, ignoramos esses alertas. Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e mortes, enquanto 900 milhões de pessoas em todo mundo não têm o que comer”.
“Vivemos em mundo de crises múltiplas, crescentes tensões geopolíticas, a volta do risco da guerra nuclear, crise de abastecimento de alimentos, erosão da biodiversidade, aumento intolerável das desigualdades”, continuou o petista.
Lula ainda reforçou que os acordos finalizados precisam sair do papel e que o Brasil está de volta à luta em prol do meio ambiente. “Estou aqui para dizer que o Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável. De um mundo mais justo, capaz de acolher com dignidade a totalidade de seus habitantes, e não apenas uma minoria privilegiada”, afirmou.
“O Brasil já mostrou ao mundo o caminho para derrotar o desmatamento e o aquecimento global. Entre 2004 e 2012, reduzimos a taxa de devastação da Amazônia em 83%, enquanto o PIB agropecuário cresceu em 75%”, continuou.
O presidente recém-eleito também destacou a importância da Amazônia e fez promessas para combater o desmatamento. “Não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação de nossos biomas até 2030, da mesma forma que mais de 130 países se comprometeram ao assinar a Declaração de Líderes de Glasgow sobre Florestas”, afirmou.
Entre as promessas para lidar com a questão ambiental no Brasil, Lula cita propostas como a proteção dos povos indígenas, fortalecimento dos órgão de fiscalização, punição contra responsáveis por atividades ambientais ilegais, entre outras coisas.
Lula também apresentou duas iniciativas para serem realizadas por seu governo. A primeira é a realização da Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica. A segunda é oferecer o Brasil para sediar a COP30, que acontece em 2025. “Seremos cada vez mais afirmativos diante do desafio de enfrentar a mudança do clima, alinhados com compromissos acordados em Paris e orientados pela busca da descarbonização da economia global”, explicou o presidente.
“Se pudermos resumir em uma única palavra a contribuição do brasil neste momento, que essa palavra seja aquela que sustentou o povo brasileiro nos tempos mais difíceis: Esperança. A esperança combinada com um ação imediata e decisiva, pelo futuro do planeta e da humanidade”, finalizou Lula.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!