quinta-feira, 12 dezembro, 24
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Lives musicais acabarão com o fim da pandemia?

O futuro de uma ideia tão rentável, como as lives, que pode não conseguir se renovar

Durante os primeiros meses da pandemia do coronavírus no Brasil, um fenômeno surgiu e tomou conta das redes sociais: as lives musicais de artistas dos mais variados gêneros. Contudo, esse formato vem perdendo força e quase caiu no esquecimento pouco tempo depois, então qual será o caminho que ele vai seguir?

Com todas as atividades canceladas, artistas de todos os tamanhos e regiões tiveram seus shows e apresentações canceladas, uma parada brusca e inesperada com fim indeterminado fez com que as pessoas que trabalham com música se desdobrassem para conseguir um produto novo, que fosse possível de realizar remotamente, com o mínimo de pessoas e que pudesse dar algum lucro. Foi assim, nesse cenário caótico, que as lives apareceram para o público.

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Lives musicais acabarão com o fim da pandemia? | Foto: Reprodução.

Lives acabarão com o fim da pandemia?

Porém, nada é duradouro, ainda mais quando se trata de coisas vinculadas à Internet, onde qualquer coisa publicada e propagada por lá fica “velha” com semanas de circulação. De acordo com o editor-chefe da revista Rolling Stone, Pedro Antunes:

“O lance dessas lives foi o ineditismo, a chance de ver um show ao vivo, mas você já tem o DVD, então o que eles podem oferecer de novo na segunda vez?”, problematizando o conteúdo apresentado, completa: “Os artistas não estavam preparados para entregar um tipo de entretenimento para cada live“.

O sucesso que alguns artistas obtiveram com essa rotina de shows ao vivo pela Internet fez com que todos fossem com muita sede ao pote e não pensassem ao longo prazo. Pensando em como lucrar mais, eles erraram na medida e saturaram o produto: “Os artistas e empresários esquecem que as pessoas não assistem ao mesmo filme tantas vezes”, mostrando como os projetos foram precoces e sem planos futuros, o que provavelmente foi o principal motivo da queda de espectadores, uma vez que dificilmente outra onda de lives deva ocorrer com força similar nos próximos meses.

Um consenso geral é estabelecido de que as apresentações com público, em circunstâncias normais, são muito melhores, e as pessoas consumidoras da música de determinado artista estão esperando para sua volta, mesmo conhecendo o repertório inteiro dele(a). Pedro explica o motivo:

A pessoa podia ir três vezes no show, o ambiente era outro, a experiência era diferente, mesmo que o artista não fizesse esforço para entregar uma experiência diferente.

Então, essas lives vieram, fizeram um sucesso extremamente rápido e irão sumir? “O que eu acho que vai acontecer é que as lives vão servir para aumentar o alcance de um show”. Do mesmo jeito que o home office é encarado como uma alternativa para o futuro dos métodos de trabalho, essa vertente dos shows ao vivo podem ser muito bem exploradas daqui para frente.

Imagine só, seu artista favorito está comemorando 30 anos de carreira e decide compor um novo disco especialmente para esta ocasião, montando uma turnê que passará pelas principais cidades do país, mas a sua não está no roteiro. Então, pagando uma certa quantia, você poderá acompanhar esse evento que seria impossível por causa da distância. Essa é uma grande alternativa para o futuro e que será posta em prática, assim que tudo estiver no “antigo normal”.

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Por Henrique Andrade – Fala! Cásper

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