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Opinião: a licitação dos ônibus de São Paulo

Por Heloise Pires – Fala!FIAM FAAM


Como toda licitação, por mais que seja algo para o bem público, é um documento técnico, é comum encontrar nesses textos certa peculiaridade em sua escrita e estrutura, visto que ela não foi composta de modo a fazer o público entender o que irá acontecer daqui os próximos 20 anos, e sim deixar especificações claras para as pessoas do ramo não cometerem equívocos.

A licitação dos ônibus de São Paulo vem gerando dúvidas principalmente entre os usuários. No meio de todo esse alvoroço, no entanto, o que podemos pontuar para esclarecer é que essa nova licitação do serviço de ônibus da cidade de São Paulo é algo completamente novo devido às suas exigências, à sua nova visão diante do passageiro e sua nova atitude em relação à mobilidade urbana.

Ponto de ônibus lotado na Avenida Jabaquara, em São Paulo (Foto: Danilo Fernandes/Brazil Photo Press/Folhapress)

As condições oferecidas pela nova licitação, por mais que vá fazer nós, usuários, movimentar-nos um pouco mais devido ao novo sistema de baldeações, são muito mais inteligentes, favoráveis a todos e sustentável.

Obvio que nada é perfeito, mas a garantia de intervalos menores durante a semana, intervalos regulares durante a noite e no fim de semana e a previsão de uma frota de emissão zero de poluentes é algo novo, diga-se de passagem.

Algo muito pontuado e questionado foi à redução ou não das linhas de ônibus. A rede de linhas de São Paulo faz parte de um plano de tronco alimentado, e isso não vai mudar, o que vai mudar é a rota desses ônibus, ou seja, que dois coletivos que faziam o mesmo percurso vão ser feito só por um, enquanto o outro vai até a metade do percurso, o que provoca uma rede de baldeações e eliminam as sobreposições dos trajetos.  Uma maior quilometragem também é algo que irá facilitar a mobilidade do transporte, pois o transito de São Paulo é algo imensurável.

E quanto uma das exigências do edital, de que as empresas tenham garagem de ônibus, vale dizer que tal exigência é algo de fato imprescindível, pois se a nossa cidade já não possui estrutura para a mobilidade dos ônibus, quem dirá para manter eles parados, sem contar que roubos e vandalismo também são algo que acontece muito, ou seja, que é incabível não concordar com tal exigência.

Todas as fórmulas colocadas no edital hão de ser experimentadas e, neste mesmo caso, também é importante focar na falta de infraestrutura que as ruas de São Paulo apresentam e como danificam os veículos oferecidos pelas empresas, sem contar que a prefeitura também precisa cumprir com a parte dela.

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