O ator, diretor, escritor e apresentador Lázaro Ramos é um dos maiores artistas do Brasil, e isso é um fato consumado. Com uma carreira de mais de 20 anos, o artista baiano se destacou em diversas áreas que atuou e ainda atua. Nas novelas, seu personagem mais marcante, e lembrado até hoje, é o Foguinho, de Cobras & Lagartos (2006).
No teatro, tem como um dos seus maiores destaques a peça O Topo da Montanha, que conta a história dos últimos momentos da vida de Martin Luther King Jr, atuando desde 2015 juntamente com a esposa, a atriz Taís Araújo. Como escritor, entre outros trabalhos, fez sucesso lançando o livro Na Minha Pele em 2017.
Além disso, Lázaro fez e faz história também na indústria cinematográfica, com grandes atuações em filmes de grande sucesso e prestígio. Abaixo, você acompanha 5 dos filmes mais marcantes da carreira do ator e que se tornaram referência de qualidade artística pro cenário cultural!
1) Madame Satã
A história da vida do artista transformista João Francisco dos Santos foi o primeiro filme protagonizado por Lázaro Ramos, e também o primeiro filme do ator Flavio Bauraqui, que faz o papel de Tabu, seu cúmplice.
O longa narra a trajetória de João Francisco, que, após sair da prisão, na década de 1930, vai viver no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, junto de Laurita (Marcélia Cartaxo), uma prostituta que se torna sua “esposa”. Nesse ambiente de boemia carioca, João cria a figura mítica de Madame Satã, inspirado no filme homônimo de Cecil B. deMille que o artista assistiu.
2) Homem que copiava – um filme protagonizado por Lázaro Ramos
Nesta produção, o personagem de Lázaro, o protagonista André, é um jovem humilde de 20 anos que trabalha numa fotocopiadora e se apaixona pela vizinha Sílvia (Leandra Leal), que trabalha numa loja de roupas. Com a desculpa de comprar um presente para a mãe na tal loja, o rapaz decide conseguir 38 reais e assim poder se aproximar da amada.
O filme é (quase) todo narrado em primeira pessoa na figura do personagem André em sua busca por conseguir o dinheiro de formas desonestas, como copiando cédulas falsas ou assaltando um Banco. A história é contada com muito bom humor, mas também com drama na medida certa.
3) Meu Tio Matou um Cara
Outro filme de Jorge Furtado, como o anterior, Meu Tio Matou Um Cara é narrado pela perspectiva do adolescente Duca (Darlan Cunha), em busca de provar a inocência do tio Éder (Lázaro Ramos) pela morte do ex-marido de Soraya (Deborah Secco), a atual namorada de Éder. O menino tem certeza que o tio assumiu a autoria do crime para livrar a namorada e para provar isso conta com a ajuda de dois amigos da escola.
Apesar da semelhança do tom de comédia e história que envolve crime, dessa vez o personagem Éder difere do jovem André por ser mais inocente, tão bom coração que chega a ser tolo e por isso arca com um crime que não cometeu.
4) Cidade Baixa
O filme conta a história dos amigos Deco, personagem de Lázaro, e Naldinho, interpretado por Wagner Moura. Os dois trabalham junto em um barco de carga em Salvador e um dia conhecem a prostituta Karinna, e lhe oferecem uma carona até a capital baiana. A partir daí os três se envolvem num triângulo amoroso que põe em cheque a amizade dos dois rapazes.
Emocionante e carregado de drama, o filme mostra o envolvimento de cada um dos amigos com Karinna e como as relações amorosas vão prejudicando a amizade deles até o clímax no final do longa.
5) Ó Paí, Ó – Lázaro Ramos contracenou com Wagner Moura
Durante a semana de Carnaval em Salvador, um grupo de moradores de um cortiço do centro histórico do Pelourinho curte a folia do Carnaval e lida com a antipatia e severidade da síndica do prédio, dona Joana (Luciana Souza), religiosa moralista que prejudica a festa cortando o abastecimento de água. Liderados por Roque (Lázaro Ramos), os vizinhos buscam suas formas de resolver o problema, seja trabalhando ou brincando durante a folia.
Com muita música e dança, o filme mostra a rotina dos baianos, suas relações amorosas e familiares, idas e vindas como uma crônica urbana repleta de referências culturais.
Numa das cenas mais fortes do filme, o personagem Roque, discute com o personagem Boca, interpretado por Wagner Moura, um racista escancarado. Se defendendo dos ataques racistas, Roque faz um discurso emocionante e incisivo sobre respeito e humanidade, um texto adaptado da peça “Mercador de Veneza”, de William Shakespeare.
Vale mencionar alguns outros filmes em que Lázaro Ramos esteve no elenco: Carandiru, de Hector Babenco; Saneamento Básico, O Filme, de Jorge Furtado e O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício.
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Por Gustavo Torquato – Fala! Universidade Federal Fluminense
