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Jovens estão mais pobres e perdendo dinheiro na Bolsa de Valores

Mesmo em maior número na B3, poucos conseguem lucrar por falta de educação financeira

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, publicada no mês de junho, mostra um panorama financeiro e social dos jovens brasileiros. De acordo com os dados, 28% das pessoas entre 15 e 29 anos, tiveram dificuldade financeira para comprar até comida. Em comparação aos anos anteriores, os números apresentaram piora. Quando o assunto é a presença dos jovens na bolsa de valores, a situação muda um pouco, mas ainda não é favorável. Estudo da B3, empresa responsável pela operação da bolsa de valores no Brasil, aponta que a média dos investidores é de 32 anos.

Jovens perdem dinheiro na bolsa de valores

Ainda assim, os jovens com menos de 24 anos ocupam apenas 26% dos investidores. De acordo com o consultor financeiro Rogério Araujo, o principal problema é o interesse em ganhos acelerados e a falta de educação financeira: “O jovem chega na bolsa de valores querendo ganhar dinheiro rápido, e não conhecimento. Nestes quase 30 anos de operação, vi poucos jovens com sonhos fundamentados e planos para o futuro. Muitos acabam entrando neste tipo de investimento sem base ou mesmo o mínimo de conhecimento para executar negócios”.

Araujo ainda aponta a redução da idade média dos investidores ao crescimento de propagandas de ganhos milagrosos: “O jovem chega na bolsa atraído por propaganda, pelo marketing de que é possível enriquecer rápido, porém a realidade é de prejuízo e perdas gigantes para aqueles que não têm educação financeira para operar”.

De acordo com pesquisa encomendada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), dentre os casos avaliados de Day Trade, 91% das pessoas tiveram prejuízos financeiros nas operações. Vendo tudo isso, Rogério Araujo criou a ROAR Educacional, com cursos on-line gratuitos, como o Fractal 3•5•8.

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Rogério Araujo é CEO da ROAR Educacional. | Foto: Divulgação.

Desemprego entre jovens é o principal fator

Em março de 2021, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos ficou em 29,8% no fim de 2020. Recorde histórico desde 2012 e aumento de 6% com relação a 2019.

A alta taxa é apontada como reflexo da pandemia e vista também como principal fator para que estes jovens estejam mais pobres e até mais tristes, conforme indica a pesquisa da FGV.

Contudo, quando o assunto é bolsa de valores, existe uma notícia boa: a chegada de mulheres disparou! O ambiente que sempre foi tomado por homens, hoje, conta com 1 milhão de investidoras.

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Por Felipe Reis – Fala! Anhembi

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