Uma breve descrição para quem ainda não assistiu ao Homem Invisível, thriller de suspense de Leigh Whanell, mesmo diretor de Sobrenatural e Jogos Mortais: Homem Invisível traz a história do ponto de vista de Cecilia (Elizabeth Ross), uma mulher que sofre de uma relacionamento abusivo de seu marido Adrian ( Oliver Jackson- Cohen), um cientista bem sucedido e extremamente possessivo, que comete suicídio mas continua atormentando sua mulher e acabando com sua sanidade mesmo depois de designado como morto, e isso leva a personagem, Cecilia, a duvidar de que sua morte, na verdade, foi forjada.
O filme de Whanell traz coisas interessantes. O diretor tem como característica, neste filme, intercalar entre close-ups nos personagens principais, principalmente em Cecilia, e colocar um visão panorâmica do ambiente que nos traz tensão e desconforto. E isso agrega bastante ao desenvolver da história, pois tudo gira em torno do relacionamento abusivo que a mesma enfrenta em seu casamento com o milionário e cientista, Adrian, e principalmente depois de seu suposto suicídio.
Os primeiros 40 minutos do filme são bons. Cecilia foge desesperadamente da casa de seu marido obsessivo nos primeiros minutos de filme, e com certeza, nos leva a uma grande adrenalina junto com a personagem, seja pela visão intercalada de paredes, personagem e casa, seja pela trilha sonora muito bem executada nos momentos de tensão, que leva o espectador a aumentar os batimentos cardíacos junto com o andar de Cecilia.
Porém o filme, em minha opinião, perde a chance. Sim, o filme a meu ver teve uma chance gigantesca de ser um terror psicológico de sucesso, porém, ele foca mais em ações e cenas desenvolvidas como um filme comum de terror, como Pânico, ou outros longas pré-dispostos a assustar o publico ao invés de desenvolver uma história avassaladora e perturbadora.

O diretor poderia focar mais na relação entre Cecilia e Adrian no passado, colocando os temores e as obsessões que o marido causou na esposa até chegar a seu ápice, mas ao invés disso, investiu no presente, ou seja, na suposta morte de Adrian e como ele desenvolveu um “escudo” invisível para atormentar e enlouquecer sua mulher, Cecilia.
O filme não é ruim, mas com certeza perdeu muito, principalmente nas cenas de morte, o que deixou a trama extremamente previsível e até ridícula em certos momentos.
Nota 5/10.
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Por Eduarda Smilari – Universidade Presbiteriana Mackenzie