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Crítica: ‘Toy Boy’, a “novela das nove” da Netflix

Com uma trama inusitada, Toy Boy é mais um lançamento espanhol na plataforma que quebra paradigmas logo de cara.

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Cena da série Toy Boy. | Foto: Reprodução.

Hugo é um stripper acusado de matar o marido de sua amante e tenta provar sua inocência sete anos após o ocorrido. Quando consegue sua liberdade provisória, se reencontra com seu antigo grupo de amigos (os Toy Boys) e tem que lidar com o alvo que está em suas costas.

A história é um grande “ricos versus pobres”, já que a família milionária da vítima tenta, de todas as formas, incriminar o protagonista. O roteiro aposta, principalmente, nas relações entre os personagens, que são muito humanas e, assim, mostram a fragilidade de uns e a perversão de outros.

A série possui personalidades diversas, com pontos de vista únicos, incluindo Jairo, um dançarino mudo, que dinamiza seu tempo de tela com libras (inusitado, mas funciona muito bem). Também trata, de forma sutil, de problemas sociais, como a objetificação dos strippers, o preconceito, a homofobia e alguns problemas psicológicos.

No entanto, nem toda boa ideia é bem executada. A premissa é boa, mas passa por muitas mudanças de rumo e, ao mesmo tempo, previsibilidades. Os grandes mistérios muitas vezes são deixados de lado para o aprofundamento dos personagens, o que teria sido ótimo somente no começo. A quantidade exagerada de voltas que a série dá chega a cansar o expectador, que se anima para desvendar o que está por vir, mas desiste quando percebe que nada dura mais do que um episódio.

Toy Boy é cativante e bem feita, mas deixa a desejar na constância. É boa para uma maratona, mas talvez tenha episódios demais, se você considerar que cada um tem, em média, uma hora de duração.

É uma verdadeira novela, mas não no sentido pejorativo. Em tempos de quarentena, é um ótimo passatempo, mas espere mais do mesmo.

Nota pessoal: 3/5

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Por Pedro Moreira – Fala! Cásper

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