Já é bastante conhecido pelos fãs de futebol que a Inglaterra é um dos países mais promissores atualmente, com muitos jogadores jovens em destaque na Europa. Campeões da Copa do Mundo sub-17 e sub-20 em 2017, os ingleses têm tudo para formar uma grande equipe em um futuro próximo, com nomes como Jadon Sancho, Jude Bellingham, Phil Foden, Bukayo Saka, Mason Greenwood, entre outros. E o mais novo atleta dessa geração é o ponta Harvey Elliott, de apenas 17 anos.
Harvey Elliott
Nascido em Chertsey, no sudeste da Inglaterra, o garoto se mudou para Londres ainda muito novo para, inicialmente, jogar pelas categorias de base do Queens Park Rangers. Porém, Harvey foi dispensado quando tinha apenas 13 anos, pelo motivo de ser muito baixo para a idade.
Assim, ele chegou no Fulham, onde se desenvolveu até alcançar a equipe profissional. Na temporada 2017/2018, o inglês deu uma assistência em 6 partidas na Premier League sub-18, enquanto, no ano seguinte, ele marcou 5 gols e distribuiu 3 assistências, agora em 12 jogos.
Com esse rápido sucesso nas categorias de base, Elliott logo subiu para o profissional e fez a sua estreia em setembro de 2018. Aos 15 anos de idade, ele entrou no 2º tempo da vitória do Fulham por 3×1 contra o Millwall pela 3ª fase da Copa da Liga Inglesa. Sendo assim, o jogador mais novo a atuar profissionalmente na história do clube. Uma curiosidade é que ele tinha ido a escola normalmente no dia da partida, onde voltou no dia seguinte também.
Além disso, oito meses depois, Harvey entrou no finalzinho da partida entre Fulham e Wolverhampton, pela 37ª rodada da Premier League, tornando-se, com 16 anos e 30 dias, o atleta mais jovem a jogar na competição na história. Mesmo com poucos jogos no profissional, o jovem já atraiu interesse de grandes clubes europeus, como o Real Madrid e o PSG. Mas foi o Liverpool que fechou a sua contratação, por apenas 1,7 milhões de euros, em julho de 2019.
No início, Elliott viria para atuar na equipe sub-23, mas logo de cara ele já esteve presente em alguns jogos do time profissional, sendo 2 na Premier League, 3 na Copa da Inglaterra e 3 na Copa da Liga Inglesa, além de ter ficado no banco em duelos importantes, como na Supertaça Europeia contra o Chelsea e na final do Mundial de Clubes contra o Flamengo. Na base, o inglês teve um desempenho excelente, marcando 1 gol e distribuindo 5 assistências na UEFA Youth League e anotando 2 gols e 4 assistências na Premier League 2, mostrando-se um grande garçom para a equipe.
Na seleção inglesa, Harvey é convocado desde a categoria sub-15, tendo sido campeão da Copa Syrenka em 2019 pelo sub-17, ao lado de nomes como Jude Bellingham, hoje no Borussia Dortmund e capitão daquele time, Jamal Musiala, do Bayern de Munique, e Liam Delap, do Manchester City. Na final, Elliott marcou um gol de pênalti e, após a decisão terminar em 2×2, os ingleses venceram a Polônia, o país sede, nas penalidades por 3×1.
Como o Liverpool viu que o garoto não teria muito espaço na equipe profissional, por conta da alta concorrência do trio de ataque formado por Mohamed Salah, Sadio Mané e Roberto Firmino, ele emprestou o Elliott para o Blackburn Rovers, que disputa a 2ª divisão na Inglaterra. O impacto do jovem foi imediato, já assumindo a ponta-direita do time nas primeiras rodadas do campeonato.
Até aqui, Harvey soma 4 gols e 9 assistências, sendo o líder do torneio no último quesito, ao lado do atacante Ivan Toney, do Brentford, e do francês Michael Olise, do Reading. Além disso, o inglês de 17 anos é o jogador que mais cria chances de gol (10 no total) e está no top 10 em passes decisivos por jogo (1,9 na média).
Características
Harvey Elliott é um ponta que costuma jogar bem aberto do lado direito do campo, mas podendo levar as jogadas para o meio em alguns momentos. Ele é um jogador que tem a criação de oportunidades como o seu forte, graças a uma boa visão de jogo e muita qualidade no passe.
Sua finalização também é um ponto positivo, assim como a sua velocidade por medir 1,70m de altura. O Liverpool tem um dos jogadores mais promissores do mundo com essa idade, uma joia que tem ser lapidada com atenção. Resta aguardar para ver como será o desenvolvimento de Elliott e de que forma isso refletirá na seleção inglesa.
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Por Victor Fardin – Fala! PUC
