O dia 25 de outubro de 2020 ficará marcado no automobilismo e na história de Lewis Hamilton. A uma semana de ter alcançado Michael Schumacher, Hamilton chega a 92ª vitória tornando-se o maior vencedor de todos os tempos, acima de Sebastian Vettel, Alain Prost e Ayrton Senna, além de Schumacher.
O grande prêmio de Toscana que teve o próprio Hamilton como pole positions, quase deixa o hexacampeão na mão, quando um problema nos pneus levou o piloto à terceira posição, mas o dia estava predestinado a ser dele, logo após ele liderou todo GP com folga.
Agora, com com 256 pontos, Lewis se encaminha para o heptacampeonato, levando sua equipe Mercedes, juntamente com Valtteri Bottas, a mais um ano sendo o vencedor no campeonato de construtores.
Fora das pistas, a vitória de Hamilton tem um grande significado racial e cultural, pois durante os 70 anos de Fórmula 1 de supremacia branca tanto no âmbito administrativo, quanto no Hall de ganhadores.
Um homem negro chega ao topo da história do esporte. Fora a representatividade já alcançada por seus êxitos, o piloto também é um ativista ativo em prol das causas raciais, hoje Lewis estampou em uma camisa um protesto contra a repressão policial na Nigéria, com a hashtag End Sars, o que inclusive faz ele ser alvo de repressões por parte da FIA.
Na próxima semana, será realizado o GP de Imola, na Itália, mais uma oportunidade para aumentar o recorde do inglês e para a caminhada em busca do hepta.
________________________________
Por Beattriz Melo – Fala! UFPE