Certamente, uma das frases mais ditas de 2020 para cá foi: “O seu microfone está desligado!”. As perguntas: “Estão me ouvindo?, “Conseguem ver a minha tela?” e “Está travando só para mim?” também não ficaram para trás. Há cerca de um ano, diálogos como esses passaram a fazer parte da nossa rotina. Instalamos aplicativos de videoconferência em nossos computadores e celulares, transformando a nossa comunicação, tornando-a distante e próxima ao mesmo tempo.
A transformação da comunicação durante a pandemia
Reuniões de trabalho, aulas, cultos e outros encontros presenciais foram, de repente, substituídos pelo virtual. As chamadas de áudio e vídeo tornaram-se a solução para preservar a tão necessária comunicação. Nesse sentido, a pandemia do novo coronavírus forçou a instauração e adaptação de novas dinâmicas. Como resultado, possibilidades e desafios surgiram. Se por um lado, a tecnologia encurtou distâncias, por outro, ela demandou mais foco e concentração. É fácil se distrair em longas reuniões de trabalho, especialmente quando a possibilidade de não ser visto está a apenas um clique. E aquilo que dizem sobre aulas remotas exigirem mais disciplina? Os professores que o digam.
A partir de 2020, a comunicação midiática também passou por transformações. Na luta contra a desinformação e as fake news, o jornalismo não poupou esforços para manter o seu compromisso com a verdade, por vezes esclarecendo termos até então desconhecidos da maioria da população, como curva epidemiológica ou lockdown. Além disso, profissionais precisaram controlar a emoção ao comunicar o triste aumento no número de contaminados e mortos pela Covid-19.
Graças às experiências adquiridas no último ano, mudamos a forma como nos comunicamos. O cansaço das videoconferências veio acompanhado de uma nova reflexão: a de que não é momento para desistir. Ao contrário, é tempo de “destravar” a tela da ignorância e abraçar a tecnologia a favor de uma comunicação responsável, que expõe a mentira, educa e informa.
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Por Rafaele Oliveira – Fala! PUC-SP