Preservar a saúde mental, esse é o principal motivo que fez a atleta da ginástica artística dos Estados Unidos, Simone Biles, desistir de 5 finais nas Olimpíadas de Tóquio. Na terça-feira, 27 de julho, Simone desistiu da final por equipes após um erro que cometeu no salto, ela foi substituída, mas, mesmo assim, a equipe estadunidense garantiu a medalha de prata.
Na entrevista coletiva após a competição por equipes, Simone afirmou que desistiu para não afetar o desempenho das companheiras, porque precisava colocar a sua saúde mental como prioridade e que está lutando contra “demônios na cabeça”. Até aquele momento, Biles poderia participar de mais 4 finais, porém a sua participação se tornou uma grande dúvida.
Simone Biles desiste de provas nas Olimpíadas
Logo após, o que era especulação foi confirmado, a atleta ganhadora de 4 medalhas de ouro e 1 de bronze nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, também desistiu das finais do salto, do individual geral, do solo e das barras assimétricas. Em suas redes sociais, Simone agradeceu as mensagens de apoio que vêm recebendo e falou que seu corpo e mente não estavam em sintonia, um problema que, segundo ela, nunca havia acontecido.
Porém, nada estava perdido, na manhã de segunda-feira, 2 de agosto, a confederação de ginástica dos Estados Unidos confirmou em sua conta do Twitter que Simone Biles iria participar da final da trave, um aparelho que requer muito equilíbrio, mas não é necessário realizar diversas acrobacias e movimentos complexos e difíceis. A atleta realizou a sua performance garantindo a medalha de bronze e assim encerrando a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
A desistência da maior atleta da ginástica do mundo, Simone Biles, com motivo de preservar a sua saúde mental, levantou diversos debates sobre as pressões que os grandes atletas enfrentam ao longo de suas carreiras e também sobre como saber o momento certo e ter a coragem de parar. Nas redes sociais, foi muito discutida a importância de as pessoas sempre cuidarem da sua saúde mental, independente de ser atleta ou não, pois é necessário estar com o corpo e a mente em sintonia.
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Por Marisa Campos – Fala! Universidade Federal de Pelotas