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Entenda por que a sua aula on-line não é considerada EAD

Com a eclosão da pandemia do novo coronavírus, diversos setores foram afetados, a exemplo da educação. Nesse sentido, aulas presenciais passaram a ser através de plataformas on-line, a fim de dar continuidade ao processo pedagógico dos alunos. Diante disso, uma questão foi amplamente discutida: afinal, o ensino é EAD ou remoto?

Diferentemente do que muitos acreditam, as universidades, que antes ministravam seu ensino presencialmente, aderiram ao ensino remoto. Ou seja, aulas em ambientes digitais temporariamente. O Ensino a Distância, por outro lado, não é dado de maneira passageira.

Sendo assim, diante desse cenário, quais são as principais diferenças entre os dois métodos de ensino? Adiante, confira as particularidades de cada um e entenda por que você não está tendo EAD, se estuda em faculdades presenciais.

diferenças entre ead e ensino remoto
Quais as principais diferenças entre EAD e ensino remoto?

Ensino a Distância   

O Ensino a Distância, também conhecido como EAD, é uma ótima oportunidade de estudo para aqueles que não dispõem de muito tempo livre e possuem outras responsabilidades.

Com uma proposta inovadora, esse método permite que o aluno seja inteiramente responsável pela sua grade curricular e carga horária. Claro que o estudante terá matérias obrigatórias, mas quem realmente ministra horários e aulas é ele mesmo. Por esse motivo, é muito indicado para pessoas que trabalham ou que têm afazeres domésticos.

Através de aulas gravadas antecipadamente por professores, o aluno seleciona a matéria que deseja estudar e assiste no momento que achar melhor. Além disso, a estrutura dessas videoaulas é planejada e moldada antes pela faculdade, não contando com imprevistos de reuniões on-line, por exemplo.

De acordo com a estudante Juliana Emygdio, o EAD é prático e satisfatório. “[O curso EAD] complementa meu trabalho, mas também, tal graduação me possibilita novas oportunidades, novos concursos.”.

Ensino Remoto

O ensino remoto, por outro lado, surge em meio à crise, em uma situação de emergência. Com a alta disseminação do coronavírus, escolas e universidades foram proibidas, por decreto do Ministério da Educação e Secretariais Estaduais de Educação, de manterem suas atividades presenciais.

Nesse sentido, instituições de ensino tiveram que repensar seus métodos educacionais e achar uma solução, para evitar a perda completa do semestre ou do ano letivo.

Sendo assim, o ensino remoto é dado através de plataformas digitais, a exemplo do Teams, do Zoom e do Google Meets. Diante disso, alunos têm aulas ao vivo por meio desses ambientes virtuais.

Sobre a mudança do ensino presencial para o remoto e seus desafios, Walkiria Rigolon, professora e doutora em Educação, afirma:

Com a pandemia, nós percebemos o quanto a gente desconhecia, tanto do uso das plataformas, os procedimentos para acessar e conseguir, e interagir por meio dessas plataformas, como também conhecer estratégias de ensino metodológicas para que haja as atividades remotas, a distância, sejam também produtivas, sejam também interessantes, que gerassem também aprendizagem.

ensino remoto
As aulas remotas foram uma solução em meio à pandemia. | Foto: Unsplash.

Por que você tem aula remota, e não EAD?

Em meio à situação vigente, diversos alunos afirmam não gostar do ensino a distância que vêm tendo. No entanto, essa afirmação acaba por ser errônea, uma vez que esse método de ensino apresenta algumas diferenças em relação ao remoto, que vem sendo utilizado por escolas e universidades.

Com relação à estrutura, o EAD é pensado e planejado para ocorrer on-line, eventualmente possuindo algumas aulas presenciais, nas quais provas são aplicadas – além do estudante escolher seu horário de estudo de acordo com seus interesses. De outro modo, o remoto conta com imprevistos, a falta de Internet podendo ser um grande empecilho para a execução de uma aula, visto que são feitas sempre em tempo real.

Porque quando alguém se matricula, por exemplo, no ensino superior de um curso EAD, a gente percebe que o aluno tem alguns momentos, mas ele organiza sua carga horária, então, ele assiste aos vídeos, ele vai assistir nos momentos que são mais apropriados para ele. Às vezes, acompanha alguns momentos semipresenciais, algumas aulas ao vivo, mas ele vai organizando um horário que não é uma coisa tão rígida, como tem sido em algumas escolas, as atividades on-line

Reafirma Walkiria sobre a questão.

Além disso, a base curricular do primeiro método dificilmente é alterada. O que não acontece com o segundo, uma vez que o professor pode alterar conteúdos dependendo do caso.

Segundo Thuinie Daros, head de cursos híbridos e metodologias ativas da EAD Unicesumar, em linhas gerais, o ensino remoto acaba não sendo considerado como um método de ensino propriamente dito, mas sim, uma solução rápida e viável. Assim, tem a finalidade de minimizar os impactos da crise na aprendizagem do estudantes.

Portanto, aqueles que estão tendo aulas on-line em decorrência da pandemia – ou seja, uma crise sanitária – compõem o chamado ensino remoto. Dessa maneira, quando a situação ficar mais segura e viável, as aulas voltarão a ser presenciais.

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Por Isabela Cagliari – Redação Fala!

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