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Criança negra é chamada de ‘cocô’ na escola e pergunta à mãe se vai ficar branco

Na última sexta-feira (16), um caso de racismo repercutiu na web após a estilista Claudete Alphonsus compartilhar um vídeo denunciando o ataque sofrido por seu filho, uma criança negra. O registro foi publicado em suas redes sociais e a mãe filma o diálogo com o filho de 5 anos, que conta ter sido chamado de ‘cocô’ por seus colegas da escola. “cor de cocô é marrom”, falou o menino chorando.

A criança ainda questiona a mãe. “Mamãe, um dia eu vou ficar branco?”. Claudete contou que vinha percebendo que o filho estava desanimado para ir à escola, até que conversou com ele sobre a situação e descobriu o motivo.

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Criança de 5 anos foi vítima de racismo em escola. | Foto: Montagem/ Reprodução

Assista o diálogo entre a mãe e a criança negra que foi chamada de ‘cocô’

Durante o diálogo, a criança relembra que existem personagens da sua cor e a mãe aproveita para exaltar sua beleza: “sim, tem personagem igual você, porque você é um pretinho lindo”. Claudete ainda destacou que iria a escola falar sobre a situação.

Na legenda, ela escreveu: “O que estava acontecendo foi a coisa mais dolorosa de ouvir, eu senti meu coração dilacerar, partir em pedacinhos. Eu sofri com ele e peço a todos que cuidem dos filhos de vocês, tomem conta do mental de seus filhos pretos e não permitam que machuquem”.

“Ele tem 5 anos e já sofre o peso da cor”, alertou Claudete. Além disso, ela fala sobre as consequência psicossociais que podem ser acarretadas pelo preconceito na infância, “já que quando os sistemas de resposta ao estresse das crianças permanecem ativados em níveis elevados por longos períodos, isso pode ter um efeito significativo de desgaste no cérebro em desenvolvimento e em outros sistemas biológicos”, explicou.

A mãe ainda destacou a importância da escola no combate ao racismo e finalizou: “crianças e adolescentes, em especial as que vivem em contextos de desigualdades, são vítimas do racismo nas escolas, nas rua, nos hospitais ou aldeias e, às vezes, dentro de suas famílias, deparando-se constantemente com situações de discriminação, de preconceito ou segregação”.

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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!

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