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Craques do Futuro NBA #1: o talento de Michael Porter Jr

O ala de 23 anos fechou um contrato máximo de 5 anos com o Denver Nuggets

Michael Porter Jr. em ação pelo Denver Nuggets.
Michael Porter Jr. em ação pelo Denver Nuggets. | Foto: Reprodução.

“E com a 14ª escolha do NBA Draft de 2018, o Denver Nuggets seleciona… Michael Porter Jr., da Universidade de Missouri”, disse Adam Silver ao mundo no dia 3 de Julho. Um dos maiores talentos de sua classe, o atual camisa 1 da equipe do Colorado saiu muito prejudicado entre os novatos por conta de uma grave lesão que sofreu durante o College.

Durante o ensino médio, Porter passou por duas escolas, a Father Tolton Regional Catholic, do próprio Missouri, onde juntou-se ao Mokan Elite, da Nike Elite Youth Basketball League, e teve médias de 26 pontos e 12 rebotes, sendo nomeado Co-MVP, ao lado de Trae Young, que hoje é a estrela do Atlanta Hawks.

Em sua última temporada no High School, pela Nathan Hale, de Seattle, o brilhante jovem teve média de 36 pontos e 14 rebotes, levando sua equipe para uma campanha perfeita de 29 vitórias e 0 derrotas. Com isso, Michael Porter Jr. foi classificado como um recruta cinco estrelas pela Rivals e pela ESPN.

Porter Jr. atuando pela Universidade de Missouri.
Porter Jr. atuando pela Universidade de Missouri. | Foto: Christopher Hanewinckel.

A trajetória de Michael Porter Jr., futuro craque da NBA

Originalmente, Michael Porter Jr. se comprometeu com a Universidade de Washington, onde seu pai era assistente técnico, mas após a demissão do treinador principal Lorenzo Romar, Porter Sr. foi contratado para ser assistente da Universidade de Missouri. Quase um ano depois, o jovem se juntou ao seu pai e ao seu irmão, Jontay Porter, e assumiu um compromisso com a universidade de sua cidade natal.

Porém, na primeira metade da temporada, em uma partida contra Iowa State, Porter se machucou e esperava-se que ele perderia o restante da temporada. Mas após uma microdiscectomia bem sucedida, o jovem foi liberado para treinar e voltou a jogar apenas em março de 2018, nas quartas de final do Torneio da SEC, e também atuou na primeira rodada do Torneio da NCAA, onde acabou eliminado por Florida State.

No fim de março, Porter anunciou que ia abandonar seus 3 últimos anos de universidade e se declarou para o Draft da NBA. Por conta de sua lesão, muitos times deixaram o jovem passar, até que na 14ª escolha, o Denver Nuggets o selecionou, já esperando que ia ficar sem o jogador na sua primeira temporada.

Adam Silver e Michael Porter Jr. na noite do Draft.
Adam Silver e Michael Porter Jr. na noite do Draft. | Foto: Reprodução.

Confirmando o que já era esperado, o time do Colorado não pôde contar com o seu novato na primeira temporada, o jogador inclusive passou por outra cirurgia nas costas. E finalmente, no dia 31 de outubro de 2019, em uma partida contra o New Orleans Pelicans, Michael Porter Jr. estreou na NBA, marcando 15 pontos e pegando 4 rebotes.

Quase dois meses depois, o jovem do Missouri fez sua primeira partida como titular, marcando 19 pontos, pegando 6 rebotes e dando uma assistência contra o Sacramento Kings. Em 4 de agosto de 2020, no retorno da temporada por conta da pandemia, Michael liderou o Denver para sua primeira vitória na “bolha”, marcando 37 pontos contra o Oklahoma City Thunder.

E na última temporada, ainda atuando pelo Denver Nuggets, Michael Porter Jr. teve 19 pontos, 7 rebotes e 1 assistência de média na temporada regular, sendo indicado para o prêmio de Jogador que mais evoluiu na temporada, ficando na terceira posição, apenas atrás de Jerami Grant, do Detroit Pistons, e Julius Randle, do New York Knicks, que levou o prêmio.

O jogador renovou por 5 anos seu contrato.
O jogador renovou por 5 anos seu contrato. | Foto: David Zalubowski.

Agora, na pós-temporada, Michael Porter Jr. assinou uma extensão de contrato máxima com o Denver Nuggets pelos próximos 5 anos, garantindo um total de 172 milhões de dólares. Mas esse número pode aumentar mais, caso Porter conquiste um prêmio de MVP, ou termine a temporada entre um dos três times All-NBA, podendo aumentar seu contrato até 207 milhões de dólares.

Mas a pergunta que fica é: Será que o jovem de 23 anos realmente merecia esse contrato máximo? Na minha opinião, vale a pena sim, mantendo sua base com Nikola Jokic e Jamal Murray, o time pode conquistar um título nos próximos anos, mas só o futuro vai dizer isso.

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Por Leonardo Pignatari – Fala! PUC-SP

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