Desde 2018, o Brasil tem decaído nos rankings de países estáveis para a comunidade LGBT+
Ser LGBTQI+ não é nada fácil, principalmente aqui no Brasil, em que há uma morte a cada 23h, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), de 2019. Não à toa que, aqueles que têm condições, preferem morar no exterior em prol da própria segurança.
Por isso, listamos alguns países que são mais receptivos à comunidade LGBTQI+. Os critérios para decidir se um país é bom tanto para visitar turisticamente quanto para morar são: legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, direito à adoção, leis de amparo e proteção para trabalhadores, direitos para pessoas trans, direitos de intersexos, criminalização da violência e intolerância contra pessoas LGBTQI+.
Países mais seguros para LGBT+
Canadá
Segundo o ranking de 2020, criado pelo Spartacus International Gay Guide, que anualmente lista os países mais receptivos aos LGBTQI+, o Canadá foi o número um, contendo leis antidiscriminação, legalização de união conjugal, permissão para adoção, reconhecimento dos direitos trans, marketing LGBT – além de não ter, no geral, nenhum dos aspectos negativos, como restrições de viagens aos soropositivos, influência religiosa, intolerância e outros.
Finlândia
Apesar do país não estar nem no top 5 da lista do Spartacus, o país legalizou as relações homoafetivas desde 1972, e também permite casamento, adoção, há leis anti-discriminação. Porém, até 2019, a esterilização em pessoas trans era obrigatória.
Suécia
Listado em terceiro lugar no ranking, a Suécia possui os mesmos aspectos que o Canadá, além de ter um excelente IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,945 (dado do ano de 2019).
Noruega
Este país nórdico também encontra-se bem abaixo dos dez primeiros países do ranking, porém, assim como na Finlândia, as relações entre LGBTQI+ são reconhecidas legalmente desde 1972, além de terem leis específicas contra a discriminação de intersexos. Também permitem o casamento, adoção (desde que o casal esteja oficialmente unido pela lei).
Islândia
O país é um dos poucos países no mundo que não tem uma força militar oficial, então não há nenhum tipo de permissão para as pessoas LGBTQI+ poderem ou não, servir (diferentemente dos países citados acima, que permitem).
O relacionamento entre pessoas LGBT+ é permitido desde 1940, além de conter leis de direitos trans, intersexos, anti-discriminação, permitir o casamento e a adoção. O marketing para público LGBTQI+, entretanto, não é legalmente obrigatório.
Nova Zelândia
Com quase os mesmos critérios que a Islândia possui, o país oceânico encontra-se na décima terceira linha do ranking, tendo um diferencial de que trans não podem servir no exército.
A lista ainda conta com outros países como Malta, Áustria, Argentina, Bélgica, Holanda, Espanha, Reino Unido, Uruguai, Dinamarca, Alemanha, Portugal, Colômbia e Suíça na faixa verde escuro, que indica os territórios mais LGBTQI+ friendly possível.
Os dados foram pegos do site Spartacus International Gay Guide, que lista 202 países, dos melhores aos piores, para turismo e moradia. Acesse o ranking de 2020 em inglês aqui.
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Por Giovana Floriano de Medeiros Leobaldo – Fala! Anhembi