A Dinamarca sempre está no topo do ranking do Relatório de Felicidade Mundial da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, em alguns anos na liderança, mas sempre no top 3, como no caso de 2021. Quando o assunto é ser feliz, os dinamarqueses levam a sério, mas qual é o segredo?
São inúmeros fatores que dão ao país nórdico posições tão altas, mas podemos resumir em um só: o estilo de vida Hygge (pronuncia-se Hu-ga ou Riuga, em português). Não há tradução literal para o termo, mas bem-estar, aconchego e segurança estão entre os significados desse ‘’estado de espírito’’.
O QUE É ”FICAR HYGGE”?
Devido aos dias frios e jornadas de trabalho menores, os dinamarqueses desenvolveram o conceito de estarem confortáveis em casa. Estar à luz de velas é um ponto-chave para estar Hygge, beber algo quente, estar com a família e os amigos mais próximos, usar cobertores quentinhos, cozinhar o prato favorito, usar um aromatizador agradável e inúmeros outros hábitos.
Além disso, o estilo de decoração de interiores, organizado, minimalista e clean também é incluído no pacote, onde a simplicidade e o intimismo predominam para auxiliar na apreciação desses gestos simples que contribuem para a felicidade. Cores neutras, tons pastéis, almofadas, mantas, cerâmica e madeira são alguns elementos bem presentes no design dinamarquês.
HYGGE NO BRASIL
Embora seja uma filosofia originalmente dinamarquesa desde o século XIX, é possível se inspirar e adaptar para a cultura brasileira e de outros países também. ‘’Ficar hygge’’ pode ter um significado diferente para cada um, como ouvir um podcast, assistir ao jogo de futebol com a família, fazer a rotina de skin care, tomar sol e fazer uma caminhada no parque.
Afinal, não é necessário estar no inverno para começar a ser feliz ‘’hygge não tem que estar relacionado ao inverno, ainda que o clima não seja tão bom durante grande parte do ano’’, comentou Susanne Nilsson, professora de dinamarquês ao BBC.
Ou seja, o grande segredo é se cercar de hábitos e pessoas que te fazem leve e apreciar cada detalhe como se fosse único.
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Por Tarsiane Santos – Fala! Uninove