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Conheça algumas mulheres que fazem o trabalho de homens

De acordo com o Artigo 113, inciso 1 da Constituição Federal, “todos são iguais perante a lei”. Mas será que a realidade é essa mesma? Desde sempre, mas principalmente desde o século XVII, o movimento feminista começou a adquirir características de ação política e as mulheres vêm tentando realmente colocar em prática essa lei.

Isso começou, de fato, com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945), quando os homens iam para as frentes de batalha, e as mulheres passaram a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. Mas a guerra acabou. E com ela, a vida de muitos homens que lutaram pelo país. Alguns dos que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho.

Foi nesse contexto que as mulheres decidiram colocar a mão na massa e, literalmente, ir à luta, sentindo a obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos.

No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmeras mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas.

Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”.

Olhando para esta evolução da mulher dentro do mercado de trabalho, podemos ver claramente que, hoje, as leis não são cumpridas e dentro do mercado profissional existe diferença entre homens e mulheres.

Apesar do local onde chegamos e da nossa evolução como seres humanos, em geral, a nossa sociedade continua sendo patriarcal tratando, assim, nós, mulheres, como pessoas designadas somente para cuidar da casa e dos nossos filhos. Porém, as mulheres do século 21 vêm se profissionalizando cada dia mais e brigando por um espaço no mercado de trabalho, mas não qualquer área, e sim áreas completamente “masculinizadas”.

Como mostra desta atitude de coragem, trouxemos quatro mulheres que mostram muito mais do que sua capacidade, além da força, que não permanecem em casa sem voz, pois acreditam que isso é uma atitude de quem opta por não viver ou por não querer mostrar a sua força interna. Elas mostram em seu ato simbólico de literalmente ir à luta, um meio de resistir a tanta opressão que todas nós já passamos somente pelo fato de sermos do gênero feminino.

atividades masculinas
Mulheres que fazem o “trabalho de homens” relatam seu cotidiano. | Foto: Reprodução.

Uma condutora da sua própria vida

Apesar de democrático, o transporte público, em São Paulo, não vem se mostrando propriamente convidativo para as mulheres. Só na nossa querida paulicéia desvairada, uma em cada quadro passageiras relata já ter sofrido assédio. No meio deste caos, onde nem o nosso corpo é respeitado, nasce uma flor como forma de resistência e, assim como todas, esta literalmente desafia a tradição das circunstâncias para se tornar uma condutora de confiança.

Tal flor possui o nome de Amanda Alcedino, divorciada, ela tem 39 anos, é mãe de dois filhos e cuida da sua própria casa, ou seja, não possui empregada. Condutora de transportes de grande porte, ela orgulhosamente trabalha há 15 anos nesta profissão. 

Quando pequena, ouvia de sua mãe que ser motorista de ônibus não era serviço para mulher, mesmo assim, ainda se encantava e implorava para que permanecesse na parte da frente do veículo, pois queria observar todos os movimentos que o motorista fazia ao dirigir.

Hoje, Amanda conta com orgulho que entrou neste mundo por um ato de bravura, pois logo que começou neste ramo, alguns membros e órgãos competentes da área a abordaram perguntando se ela havia habilitação para dirigir um transporte de grande porte, mesmo sabendo que a partir do momento que uma empresa de transporte público contrata os seus motoristas, o departamento de recursos humanos já está ciente de que este possui a documentação correta para tal cargo.

Ela explica que logo após tirar a categoria E, nível necessário para conduzir um transporte de grande porte, você o apresenta ao setor de recursos humanos da empresa na qual você gostaria de trabalhar. Junto com a este, deve ser entregue também o CondoBus, outro documento necessário que dá a autorização para conduzir ônibus na cidade de São Paulo.

Logo após este procedimento, as empresas deixam claro que quando tiver uma nova equipe para um treinamento dentro das garagens, o instrutor, após analisar toda a documentação, permite que você faça os testes no local adequado.

Porém, não foi exatamente o que aconteceu na história da Amanda. Assim que entregou toda a documentação necessária, passou seis meses sem ser chamada por ninguém da empresa, depois mais duas turmas tiveram o treinamento, e ela não. Foi então que Amanda notou que, na verdade, não queriam efetuar a sua convocação para o teste como todos os outros.

Sendo assim, quando soube da próxima oportunidade, não deixou passar e foi mais cedo na garagem. Chegando lá, disse ao instrutor que foi convocada, porém, havia chegado atrasada. Mesmo o responsável não encontrando o seu nome na lista, ele a deixou entrar e, assim, Amanda conseguiu finalmente passar pelos testes e ser aprovada como condutora da sua empresa atual, a Tupi Transportes.

Quando Amanda começou nesta área, não era algo normal encontrar muitas condutoras na cidade de São Paulo. Hoje, mesmo sendo comum, ela conta que ainda sofre com alguns tipos de preconceito partindo dos passageiros, que ao ver que o condutor é, na verdade, uma condutora, se colocam distintos no olhar. “Mulheres sentem preconceito de nós, mulheres motoristas.”, afirma Amanda.

Como prova de outro ato preconceituoso, a condutora nos conta que uma vez, ao descer do seu veículo e se deparar com um passageiro, o mesmo se espantou, pois afirmou não acreditar que uma mulher baixinha possuía a capacidade de conduzir um ônibus de 18 metros e com um monte de gente. Essa não foi a única, e nem a primeira vez, que isso ocorreu, mas ela afirma que já aprendeu a lidar muito bem com esse tipo de situação.

Mesmo trabalhando, em média, de 10 a 12 horas por dia, Amanda não deixa de lado a sua vaidade e sua atitude, às vezes, assusta, afirma ela: 

Se tem uma coisa que eu nunca abri mão é da minha maquiagem. Eu faço questão! Na verdade, na empresa, algumas funcionárias já implicaram comigo por causa disso, passageiras, às vezes, ficam me olhando estranho. Também gosto de estar sempre com as minhas unhas bem feitas, brincos, pulseiras, anéis e isso incomoda muita gente, pois todos olham que eu sou tão feminina, tão vaidosa em uma profissão tão ríspida.

Diz

Diante de todo esse espaço, a condutora afirma que o que falta para que muitas mulheres cheguem a seu posto é o incentivo dos empregadores e dos familiares. “O obstáculo maior ainda é o machismo, mas não é o único. Falta de incentivo, falta de informação também contribui. Acredito que as empresas estão perdendo ótimas profissionais por não investirem mais nessa ideia.”, diz Amanda.

Na Tupi Transportes existem apenas 25 mulheres motoristas e mesmo sendo pouco, Amanda se sente muito orgulhosa por ter tais companheiras no mesmo cargo que o seu, ela acredita que, juntas, elas possam cada dia incentivar mais o sonho de outras e, assim, representar uma classe sufocada pela opressão.

A construtora de algo novo

Então, eis aqui, outra mulher, nova em questão de idade, mas que mostra que as atitudes de 50 anos atrás não fazem mais sentido nos dias atuais. Uma mulher que, com uma atitude de raça, desconstrói um tabu de que o público feminino não entende nada de processos de organização produtiva, uma mulher que busca no processo de união e parceria mostrar que nós não precisamos pedir licença pra crescer em um ambiente completamente masculinizado.

A mulher na qual falamos é Amanda Bispo, de 22 anos, que conta que durante a sua vida toda, ela sempre teve mais afinidade com as matérias da área de exatas e que o seu processo de escolha quanto a sua profissão foi ligada a isso. Hoje, graças ao total apoio da sua família, ela faz engenharia de produção na Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC) e trabalha como estagiária da Mercedez Benz no setor de acompanhamento de gerenciamento de projetos em caminhões em série.

Assim como outras mulheres que avançam quantativamente em profissões dominadas por homens, Amanda conta que, ao ingressar na universidade,  também começou a fazer um curso de mecânica de produção veicular no Senai e, ali, nestes dois mundos, se deparou com um universo que geralmente é dado aos homens.

A futura engenheira conta que para permanecer em seu ambiente de trabalho, ela teve que se adaptar devido aos questionamentos que faziam ao longo de sua permanência ali. Passou a se arrumar mais, a usar sutiã e a masculinizar as suas atitudes para não sofrer mais preconceito quanto já sofre naturalmente por ser mulher em meio a 40 homens no ambiente fabril.

Ela conta que em um ambiente majoritariamente masculino, às vezes, se sente intimidada para falar algumas coisas e que os estagiários homens são mais ouvidos e levados mais a sério do que as estagiárias mulheres e, por isso, ela acaba tendo que aprender a se posicionar de uma maneira mais rígida.

“Espero que seja uma estagiária bem gostosa”. “Linda”. “Amor”. Essas são algumas das frases comumentemente usadas pelos homens e que Amanda já escutou ao longo do seu dia a dia na fábrica. “Ficou um clima bem ruim, mas são comuns os elogios exagerados, comentários de beleza que, para mim, são intimidadores e que eu não acho que são certos.”, explica a jovem.

Diante deste mundo ao qual Amanda tem que conviver, ela acredita que:

Para inserir as mulheres nesses espaços que são mais masculinos, nós vamos ter um trabalho muito grande, pois ainda vivemos em uma sociedade extremamente machista e que não acredita nas mulheres nesses meios. Então, eu acho que vai ser uma luta de vários fatores, como, por exemplo, as mulheres se inserirem e se posicionarem nesses locais, construir uma cultura que não seja machista, começando pelas nossas crianças, e desconstruir e punir atitudes machistas.  

E ainda diz: “E, sim, o machismo é um obstáculo para a ascensão das mulheres no mercado de trabalho e vejo que, inclusive, na empresa onde trabalho existe gerentes que não contratam mulheres para a sua área, o que é um absurdo! Mas a gente precisa combater”.    

Amanda viu que a força é só um detalhe para quem há anos vive resistência, ela está ciente que, na história poucas mulheres Se destacaram na área de exatas, especialmente engenharia, e ressalta que a luta é continua para que não haja retrocessos nos ganhos adquiridos até agora.

Fora da fábrica, ela participa de um grupo chamado Movimento de mulheres Olga Benário. Este movimento tem como objetivo organizar a vida de mulheres trabalhadoras e pobres.

Nós sabemos que a realidade das mulheres, hoje, no nosso país, está diretamente relacionada com a classe social em que elas vivem e que a realidade das mulheres pobres é pior e mais difícil. Elas não conseguem trabalho, um salário digno, não conseguem formação política e educacional. E é com essas mulheres que precisamos dialogar e não só emancipar quem teve essa oportunidade.

Afirma

Sai mulher verão e entra um mulherão

Desde sempre, as propagandas de cerveja foram associadas às mulheres de uma maneira pejorativa e, atualmente, pouca coisa mudou em relação a isso. Mesmo com as produtoras de cerveja fazendo propagandas mais alternativas, as mulheres sempre estão ao fundo de biquíni e com os seus corpos esculturais à mostra.

O mais engraçado e importante em meio a todas as apresentações televisivas é o fato de que as propagandas de cerveja são uma mostra clara de que a nossa sociedade tem muito mais empatia com os desejos e a dor dos homens do que com os das mulheres e isso, consequentemente, nos objetifica, nos magoa, no inferioriza.

Mas o que nos revolta, não nos cala e Márcia Niere, de 51 anos, está aqui para mostrar que mulher e cerveja combinam, sim, mas não do jeito que a mídia nos mostra, e sim como produtora da cerveja, como uma beer sommelier e mestre cervejeira, que é o que a Márcia é.

Márcia é a prova de que o cantor Tiago Iorc estava errado ao dizer que “a mulher sabe, com toda certeza, quando não sabe o que quer”, pois nós sabemos, sim, o que queremos e a nossa sommelier também sabia quando por recomendação de um amigo começou há estudar um pouco mais sobre a confecção de cervejas.

Quando Márcia entrou para o mundo cervejeiro, não imaginava se profissionalizar, mas sim, em conhecer estilos e um pouco mais sobre a sua paixão pela “loira gelada”. Com os pais já falecidos, ela se mostra uma pessoa muito independente e certa do que quer.

Hoje, ela é formada como Beer Somelier pelo Instituto da Cerveja Brasil, começou a atuar no segmento cervejeiro representando por um ano a distribuidora Beer Maniacs e, neste mesmo ano, fez a produção artesanal cerveja de panela (outro estilo de se fazer a bebida) pelo Pier 1327. Desde então, nunca mais parou e, hoje, tem em torno de 230 brassagens (safras feitas por ela), sendo elas trabalhos pessoais e alguns profissionais e, como mestre cervejeira, ela busca focar em tudo que envolve processos artesanais.

Inserida nesse mundo há apenas quatro anos, Márcia se diz completamente confortável em meio aos homens e até afirma que prefere esse mundo de menos “mimimi” e mais “papo furado”. Ela também afirma que acha incrível ao ver que essa divisão entre trabalho de mulher e trabalho de homem está se diluindo. “Eu acho incrível, essa coisa de não ter sexo para você tomar determinado tipo de cerveja ou determinado perfil de trabalho”.

Um dos seus maiores espantos nesse meio foi o fato de ver que algumas mulheres praticam o preconceito no qual lutamos tanto.

Tem perfil de homem que desacredita em nós, mulheres, mas tem muita mulher também. Já teve uma esposa de um aluno meu que falou: “Eu quis vim para ver, pois não entra na minha cabeça o porquê uma mulher vai gostar de cerveja e vai querer ensinar a fazer cerveja”. Olha só uma mulher falando isso.

Riu

Como mulher a sommelier nos conta que a quantidade de pessoas do gênero feminino dentro do segmento da cerveja é baixíssima e que, talvez, a divulgação e o enfoque seja a solução para este problema. “A divulgação é bem legal para as pessoas se sentirem mais a vontade e chamar a atenção que isso é possível”.

A nossa mestre cervejeira fala em não acreditar no machismo como obstáculo, pois, assim como ela, a mulher que quer mesmo, faz e mete um f***** para o que os homens pensam. “Eu já ouvi muito desaforo em grupos, mas, para mim, quando alguém tenta me intimidar, acaba me desafiando e me impulsionando.”

Neste caso, se a Mulher Maravilha é filha de Zeus com uma Amazona, Márcia é filha única do Deus Dionísio com uma mortal e, graças a esta mistura, ela traz com muita descontração a força e determinação de todas nós.

A mulher dona do próprio nariz!

Como já contamos a área de engenharia nunca foi muito atrativa para o gênero feminino, porém, muitas mulheres resolveram desafiar essa barreira por amor às exatas.

Ela não é a primeira engenheira negra, como Mary Jackson, personagem que tem a sua história retratada no filme Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures), mas, pelo seu relato, é como se fosse. Patrícia Costa Batista, 26 anos, tem uma linda e inspiradora história na qual mostra o quanto somos capazes de fazer e chegar muito além de onde pretendíamos.

Filha da Dona Solange, 49, e do Seu Marcio Daniel, 44, Patrícia veio com 17 anos, sozinha para São Paulo, estudar para entrar na AFA (Academia das Forças Aéreas), fez um curso preparatório durante quase um ano e acabou passando em todos os testes, menos no teste médico. Determinada, ela não quis seguir a carreira administrativa da AFA. “Se não é para entrar na força aérea como piloto, então eu vou entrar como engenheira”, diz.

Ela afirma que essa paixão pelas Forças Armadas veio devido ao fato de seu pai sempre a levar para ver o desfile do sete de setembro em Franca, cidade do interior de São Paulo onde morava. Hoje, já quase formada em engenharia aeroespacial pela Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC), Patrícia é estagiária no setor de acompanhamento da produção de motores e eixos de protótipos do grupo Mercedez – Benz.

Sonhadora, Paty (como é chamada) conta que desde pequena brincou mais com os meninos do que com as meninas. Ainda mais porque cresceu com o seu irmão. Por conta disso, confessa não dar muita trela para os comentários machistas, mesmo consciente de que eles existem. 

Eu acho que pelo fato de ser muito gozadora, de ser muito brincalhona, desde sempre estar envolvida neste ramo masculino e por ser muito amiga dos caras, eu acabo não sofrendo muito com esse tipo de preconceito, mas sempre tem as brincadeirinhas, que nós sabemos que tem um fundo de verdade. “Ah, mas você é mulher…”.

Ainda sobre discriminação, Paty acredita que esse fato de trabalho de mulher e trabalho de homem é tudo uma questão de criação, pois, antigamente, as mulheres eram educadas para cuidar da casa e para cuidar da família e, hoje em dia, são criadas para serem donas do seu próprio nariz e conquistar o mundo, como ela, por exemplo, que desde pequena foi incentivada a ir atrás dos seus sonhos.

No meio do seu ambiente de trabalho, Patrícia, em poucas palavras, demonstra a força de toda mulher: “Eu não me sinto nem um pouco intimidade em trabalhar no meio dos caras, principalmente, porque o meu serviço é sempre muito bem feito. O que vier a gente mata no peito e é gol!”, ri.

Hoje, na área elétrica da fabrica, a quase engenheira destaca que, em seu cargo, existem apenas quatro mulheres em meio a 40 homens:

Muitas outras mulheres não estão no mesmo cargo que o meu, pois existe uma falta de oportunidade, mas capacidade todas nós temos. Eu acho que quando você chega em uma final de processo seletivo e você, sendo uma mulher competindo com um cara, com os mesmos requisitos que ele, com a mesma experiência, com o mesmo estilo e se a pessoa que vai te contratar é um homem, existe um grande possibilidade de que ele não contrate a mulher.

Sabendo que em alguns países da Europa, como França, Noruega e Alemanha, possuem sistema de cotas para a contratação de mulheres e que tal lei funciona com extrema eficiência, Patrícia afirma: “Eu acho um absurdo nós termos que discutir em pleno século XXI um sistema de cotas para a contratação de mulheres, mas eu acho válido, principalmente, focando pela igualdade dos sexos, porque não?”.

Diante de todo esse contexto, a futura engenheira aeroespacial afirma com toda a certeza: “O preconceito contra as mulheres não é velado, e sim disfarçado em meio a brincadeiras. Eu acho que de todos os absurdos desta divisão de sexos dentro do mercado de trabalho, o fato de um homem ganhar mais do que uma mulher é o pior. Não faz sentido, porque, às vezes, a mulher traz mais resultados do que o homem e, ainda assim, recebe menos que ele.”.

Patrícia Costa Batista, mulher, sinônimo de força e resistência. Menina, garota. Ser forte, independente e determinada. Sabe o seu valor e não deixa que nada a diminua. Luta o tempo todo para conquistar o seu lugar.

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Por Heloise Pires Silva – Fala! FMU

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