Quando pensamos em concursos de beleza, o que vêm a nossa mente são estereótipos muito difíceis de serem alcançados, corpos magros e uma beleza, imposta pela sociedade.
Desde sempre, mulheres bonitas são escolhidas como um símbolo de virtude, sorte e amor. Porém, foi no final do século XIX, quando os jornais parisienses se empolgaram com a popularização da fotografia, que se tornou algo rentável. Eles publicavam fotos dos rostos das mulheres francesas para eleger a mais bela.
Em 1952, a grife Pacific Mills começou a promover suas peças por meio de um concurso de roupas de banho, em que mulheres desfilaram de maiô da marca Catalina em Long Beach, Califórnia. A Universal Studios investiu na proposta e o evento ganhou o nome de Miss Universe.
O concurso tinha o papel de tirar as garotas do anonimato e também era uma oportunidade de ocupar um espaço de destaque na vida pública.
Primeira edição do concurso de beleza Miss Universe
A primeira edição realizada contou com 29 competidoras, e foi vencida pela finlandesa Armi Kuusela. Sua premiação foi um contrato com a Universal Studios, que foi parceira na disputa com investimentos altíssimos, que giravam em torno de US$ 1 milhão.
O Miss Universe, como nós conhecemos hoje, surgiu em 1951, com a vencedora do Miss America, Yolanda Betbeze. Ela se recusou a tirar fotos com o maiô da marca Catalina, que era o principal patrocinador do evento. Com isso, a empresa resolveu criar seus próprios concursos de beleza, como Miss USA e o Miss Universo.
Modificações ao longo do tempo
No começo dos concursos, eles eram apenas realizados nos Estados Unidos, ao longo das décadas, começaram a revezar as sedes. Em 1971, o concurso saiu de seu local de origem e passou a ser realizado fora dos EUA.
Em 1960, criaram uma entrevista para definir a campeã e a vice, anos depois, uma pergunta final. Isso, possibilita as candidatas de demostrarem sua inteligência, um fator muito relevante na hora de escolher a vencedora do concurso.
Outra mudança foi no anúncio das semifinalistas, que passaram a ser anunciadas somente na grande final da competição e não mais após a seleção preliminar, que incluíam provas de roupas de banho, roupas típicas e trajes de gala.
Esses concursos vêm de uma ideologia antiga, em que as mulheres eram vistas como objeto. Atualmente, vivemos em uma época em que se está cada vez mais buscando a igualdade dos direitos e o fim da violência de gênero.
Na atualidade, discute-se muito a respeito do sentido e da relevância da existência de concursos de beleza no mundo. Muitas pessoas defendem que a questão da competição entre belezas é errada, pois há uma grande variedade de belezas e etnias e as que costumam ganhar se assemelham a um padrão europeu. Outras pessoas falam que não têm mais relevância para estilistas e nem para o mercado da moda, já que as pessoas se informam através da internet. Diferentemente da década de 80, em que as pessoas assistiam para ver as tendências de moda.
_____________________
Por Lívia Ferreira de Almeida – Fala! Mack