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Como incrementar o fazer jornalístico?

Por: Izadora Del Bianco (@izadbr) – Faculdade Cásper Líbero

Ontem (quarta-feira, dia 21) ocorreu no Teatro Cásper Líbero uma palestra sobre as novas habilidades para o exercício do Jornalismo, priorizando a checagem de conteúdos. O evento contou com a presença de estudantes, da Faculdade Cásper Líbero e outras instituições, e reuniu mestrandos de Jornalismo e professores, além de profissionais que já estão atuando no mercado.

Sam Stewart, o convidado, partilhou o seu conhecimento sobre as novas ferramentas que podem ser utilizadas para combater as famosas fake news e ressaltou que você não precisa trabalhar na mídia para desenvolver este papel.

Samaruddin, como é seu nome completo, é tecnólogo e especialista em mídia na Baía de São Francisco, gerente do programa de treinamento da Sociedade de Jornalistas Profissionais dos EUA (SPJ) em parceria com a Google News Initiative. Ele atua na área de comunicação e jornalismo há mais de quinze anos. Ocupou cargos de gestão e edição sênior na Agence France-Presse, AOL News e do jornal República do Arizona.


Sam Stewart – foto retirada do site da Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil

Recebeu um prêmio da Fundação Knight por seu trabalho inovador em verificação técnica de conteúdo visual usando metadados, compactação e dados geoespaciais, e foi exatamente sobre isso o seu diálogo. Iniciando pela pergunta: “Tudo que você vê é confiável?”, fez um balanço entre tecnologia, audiência e distribuição de notícias, pontos que vêm se modificando muito com a internet. Por exemplo, a distribuição de informações pelas redes sociais e Instagram alcançam níveis muito altos, como não acontecia há poucos anos. 

Porém, mais importante do que se pensar somente em distribuição, é pensar no que está sendo distribuído. Como fundamento básico do Jornalismo, a busca pela verdade sempre prevalece e o compartilhamento de notícias falsas ou a falta de checagem não devem fazer parte da rotina do comunicador, ou melhor, de ninguém.

Ao se tratar do audiovisual, fotos podem ser manipuladas por Photoshop ou outros aplicativos, e a busca reversa de imagem, em inglês “reverse image search”, pode te ajudar a descobrir se aquilo realmente aconteceu daquela forma como foi publicado. 

Já ao se tratar de vídeos, programas como DigitalGlobe e Google Earth Pro fornecem locais precisos, mapas em terceira dimensão e capacidade de uso do zoom para provar onde ocorreram ou ocorrem os fatos. Perguntas básicas como “onde?”, “quando?” e “quem?” podem ser respondidas com menor chance de erro. 

Para finalizar, o palestrante explicou sobre o termo “deepfake”, basicamente ele se relaciona com falas e gestos que uma determinada personalidade nunca realizou, mas foram reproduzidos por computadores como se fossem reais.  



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