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Com mais de 3 milhões de ouvintes, Sevenn revela detalhes sobre vida

O DJ e produtor Sevenn é figura carimbada nas festas brasileiras e americanas. O artista, que divide seu tempo entre o Brasil e os Estados Unidos, costuma apresentar sets explosivos, com tracks de muita energia. Mostrando sua versatilidade, ele acaba de lançar um remake do clássico do indie rock Sex On Fire, da banda Kings of Leon.

Inspirado pelo período da adolescência, Sevenn revela sua paixão pelo rock e influência dos ritmos nacionais em suas produções, além de curiosidades sobre sua trajetória. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva do artista ao Fala! Universidades.

Sevenn
Com mais de 3 milhões de ouvintes, Sevenn revela detalhes sobre sua vida. | Foto: Reprodução.

Sevenn revela detalhes sobre sua vida e carreira

1 – Você vivia em uma comunidade missionária, com uma família de nove pessoas e cercado por bastante gente. Como foi crescer nesse ambiente?

Foi uma experiência muito educativa, nossa educação foi tudo em casa e o foco era criatividade. Morar com 80 pessoas ao mesmo tempo te ensina lidar com vários tipos de pessoas e situações.

2 – A sua família apoiou sua entrada no mundo da música?

Eu e meu irmão Sean falamos lá em 2008 que a gente conseguia fazer música nível comercial. Tinha gente que não acreditava e queria que a gente fosse para faculdade, etc. Mas a minha mãe foi quem sempre deu suporte para nós.

3 – Como surgiu essa amizade e parceria com o Alok?

O meu irmão Sean (que fazia dupla comigo até 2019) conheceu Alok por acaso numa festa em Portugal, no final de 2015. Eles trocaram números e o Sean mandou a ideia principal do nosso hit BYOB. Ali começou nossa parceira incrível.

4 – Podemos dizer, praticamente, que você é brazuca, mas ainda mora nos Estados Unidos? Como faz para administrar essa ponte aérea? 

Geralmente eu fico duas semanas em São Paulo, duas na Califórnia e duas no Sul, com a minha namorada. Em São Paulo, eu acabo trabalhando 14 horas por dia, sete dias por semana, numa dieta de atum e café sem açúcar, aí acabo pedindo arrego e corro chorando pra minha mãe.

5 – Você gosta de outros gêneros musicais brasileiros? Utiliza-os em suas produções?

Gosto muito da cena do metal brasileiro. Quando eu saí do grupo missionário, com 17 anos, era o que eu mais escutava. Mas os ritmos brasileiros são muito únicos e me influenciaram demais nas progressões de baixo/bateria das músicas eletrônicas que a gente faz. Gosto demais de artistas como Los Hermanos, Victor Biglioni, Sepultura e Angra.

6 – Como surgiu a ideia de fazer um remix do hit Sex On Fire, do Kings of Leon, e como você conseguiu a autorização da banda?

A música foi muito impactante para mim quando eu tinha 16 anos. Eu lembro de estar tão apaixonado que chegava a ter febre. E essa música tocava enquanto rolava essa intensidade. Quanto à banda, a gente mandou a música para os publishers deles e eles aceitaram! Foi incrível saber que essas lendas escutaram a música e aprovaram.

7 – Com qual artista gostaria de fazer uma collab?

Bjork, com certeza! Ela é a artista que mais respeito no mundo… tão agressivamente criativa e original. Acho que a gente faria alguma eletrônica muito doida.

8 – Você parece ser um cara super extrovertido e que gosta de aproveitar a vida ao máximo. Seus sets são baseados nessa vibe de aproveitar o momento?

Eu acho que o DJ é como se fosse um garçom de música. A gente precisa fazer a melhor experiência possível para quem está dançando, e ao mesmo tempo tocar o nosso som. É um equilíbrio muito difícil de achar, mas muito importante de entender que o público é o cliente, e a gente deve fazer o melhor pra criar momentos.

9 – BOOM revelou Sevenn para a cena internacional. Qual foi a sensação de subir no palco do Ultra Music Festival com a lenda Tiësto?

Eu não consegui processar ainda, foi tudo tão surreal. Há um ano, a gente estava sentado num sofá, endividado, bêbado. Eu lembro de falar para o Sean: “Cara, se a gente tentar, a gente consegue tocar lá.” Sou absurdamente grato! Não caiu a ficha disso tudo ainda.

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