No dia 15 de janeiro, um fio no Twitter que denunciava um caso de fraude na comissão de formatura do curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) viralizou. O perfil não revelou o nome da estudante que havia desviado mais de R$ 900 mil, mas depois de se tornar suspeita, a aluna da USP Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, confessou que desviou R$ 937 mil do fundo de formatura.
A estudante foi ouvida pela polícia no dia 19 de janeiro e, após confessar o crime, afirmou que os valores não estavam sendo bem administrados pela empresa responsável e, por isso, ela decidiu investir o dinheiro. No entanto, ela fez “aplicações ruins” e perdeu o valor.
Para tentar recuperar o dinheiro perdido, ela decidiu fazer apostas na lotérica. Além disso, a estudante também confessou que usou parte do montante com suas despesas pessoais, como por exemplo com o aluguel de apartamento.
Justiça não aceitou pedido de prisão preventiva de aluna da USP
O caso de Alicia segue sendo investigado e nesta quinta-feira (02), a justiça informou a decisão de que não aceitaria o pedido de prisão preventiva da aluna da USP, concordando com o Ministério Público, que defende que o caso se caracteriza pelo crime de estelionato e não de apropriação indébita, como foi apontado pelo inquérito policial.
Com isso, o promotor responsável, Fabiano Severiano, solicitou que o caso voltasse a ser investigado pela delegacia responsável, tendo em vista que o crime de estelionato exige representação das vítimas. O pedido foi aceito pela justiça.
Posicionamento da empresa de formatura
A empresa responsável pela realização do evento é a ÀS Formaturas, que confirmou que chegou a repassar as quantias desviadas para a conta de Alicia, que era a presidente da comissão de formatura do curso.
No dia 23 de janeiro, a empresa se reuniu com o Procon-SP e informou que não vai passar o prejuízo do valor desviado para os alunos, assim como vai manter, junto as fornecedores, a mesma estrutura de festa contratada pelos alunos.
De acordo com a polícia, os documentos apresentados pela ÀS Formaturas mostram que a empresa não tem responsabilidade sobre o crime cometido. Ainda assim, o Procon-SP acompanha o caso até a realização do evento, podendo ser aplicada uma multa de até R$ 12 milhões caso a empresa não cumpra o combinado.
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Por Giovana Rodrigues – Redação Fala!